Coisas que o nosso homem nos diz e não deveria dizer.
Ora bem, logo à partida, este título daria pano para mangas. Mas vamos tentar ser breves, como será apanágio deste blogue, durante o mês de agosto.
O J. é romântico à sua maneira. Ou seja, não é a pessoa mais sensível do mundo, mas não faz por mal. O problema está, essencialmente, nos timings. É pessoa para estar a falar do nosso amor, dos passarinhos e de boas memórias dos primeiros tempos de namoro e depois, quando eu já estou enlevada e começo a entrar nessa onda, ele sair-se com uma tirada do género "O presunto do lanche era uma maravilha". Não é a coisa mais fofinha do mundo, mas aguenta-se.
Serve esta breve introdução para vos dizer que ontem, quando estávamos com o nosso cão a passear e a contemplar o que de melhor a aldeia tem, e o J. estava a começar a entrar em modo romântico e eu a deixar-me ir, se sai com "Estás a ficar com branquinhas". Eu disse algo como "Sim, eu sei.". E pronto, a conversa poderia - e deveria! - ter ficado por ali, mas o meu caro marido ainda fez questão de acrescentar: "Mas é que são mesmo muitas. Olha aqui... tantas!". Pronto, viemos o resto do caminho em silêncio.
Homens, a sério: não digam tudo o que pensam e parem quando vos aconteceu um primeiro deslize - não insistam. Não precisamos que nos relembrem que estamos a envelhecer e que somos muito piores nessa missão do que vocês. Lembrem-se que as mulheres, regra geral, acham as vossas brancas sexys e as vossas rugas charmosas. Façam de conta que o contrário também é verdade e serão muito mais felizes.