Eu não sou uma mulher normal.
Eu não gosto de ir ao IKEA. Não gosto. Ir a este local é só em último recurso e depois de muito estudar a situação com uma valente antecedência. Vale a consciência de que, para algumas coisas, é de facto, muito útil e que não há grande volta a dar. A questão é que, lá por casa, tamanha demanda exige mentalização prévia de alguns dias. Para mim e para ele. Sim, porque não bastasse o estarmos confinados àquele labirinto quente e maçador durante horas, ir ao IKEA exige a grande parte das mulheres (não serão todas?) uma dose extra de paciência para aturar a impaciência dos seus respetivos ao fim de... 10 minutos! Vai daí, posso considerar que nos portámos bem. Não nos desentendemos - o que, tendo em conta todo o contexto, é um ganho considerável - e conseguimos sobreviver e mantermo-nos casados e relativamente felizes, fazendo compras sensatas e bem (demasiado bem, diria, pelo tempo que lá passámos) pensadas.
É uma satisfação valente ver as coisas lá em casa dentro dos caixotinhos e embalagens cheias de códigos e instruções, que é; mas o chegar até lá é que é o tormento. Enfim, foquemo-nos no que vem a seguir e que, para o J., que adora tudo o que é LEGO, é o maior relaxe possível ao fim de um dia stressante de trabalho. Ao menos isso.
[Ah, e percebi que o IKEA abriu uma loja online há relativamente pouco tempo. Já não era sem tempo! Será o fim dos meus / nossos tormentos?]