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Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

26 de Março, 2012

Coisa que me irrita. Mais ainda por ser segunda feira.

Joana
Ir no horário habitual para o trabalho e apanhar duas alterações ao trânsito, uma porque se andam a cortar árvores e outra porque se começou a arranjar um troço de estrada. Isto estaria tudo muito bem, se também se dedicassem a essas atividades durante o fim de semana ou a noite. 
Quanto às árvores, fiquei fascinada. Polícia e trabalhadores em número substancial e duas faixas de rodagem da principal via de acesso ao Porto vindos da Maia/Trofa cortadas. Isto ao longo da semana, que ao fim de semana foi ver aquilo sem ninguém. Quer dizer, via-se de vez em quando alguém a encostar carrinhas de caixa aberta e a ir lá buscar restos de troncos para as lareiras, mas de resto... nada de nada.
Quanto aos trabalhos na estrada, até me apeteceu bater palminhas. Cortam-se duas faixas de rodagem da Via Norte, desvio e tal, uns 50 coletes amarelos espalhados por ali, a maioria encostados ao separador e a fumar. Uns quantos camiões e carrinhas estacionadas e temos aí as nossas obras. Da minha experiência, é coisa para durar uns mesitos a ficar pronto. E andamos nisto.
O pior é eu ainda me surpreender com esta incapacidade de estabelecer prioridades, com este "ou é tudo ou é nada" e pensar que alguém devia ter em conta as perturbações que isso traz a quem trabalha e tem horários a cumprir. E irrito-me. E enervo-me. E revolto-me. Para quê?
Tão inocente, eu.

26 de Março, 2012

Coisa que me irrita. Mais ainda por ser segunda feira.

Joana
Ir no horário habitual para o trabalho e apanhar duas alterações ao trânsito, uma porque se andam a cortar árvores e outra porque se começou a arranjar um troço de estrada. Isto estaria tudo muito bem, se também se dedicassem a essas atividades durante o fim de semana ou a noite. 
Quanto às árvores, fiquei fascinada. Polícia e trabalhadores em número substancial e duas faixas de rodagem da principal via de acesso ao Porto vindos da Maia/Trofa cortadas. Isto ao longo da semana, que ao fim de semana foi ver aquilo sem ninguém. Quer dizer, via-se de vez em quando alguém a encostar carrinhas de caixa aberta e a ir lá buscar restos de troncos para as lareiras, mas de resto... nada de nada.
Quanto aos trabalhos na estrada, até me apeteceu bater palminhas. Cortam-se duas faixas de rodagem da Via Norte, desvio e tal, uns 50 coletes amarelos espalhados por ali, a maioria encostados ao separador e a fumar. Uns quantos camiões e carrinhas estacionadas e temos aí as nossas obras. Da minha experiência, é coisa para durar uns mesitos a ficar pronto. E andamos nisto.
O pior é eu ainda me surpreender com esta incapacidade de estabelecer prioridades, com este "ou é tudo ou é nada" e pensar que alguém devia ter em conta as perturbações que isso traz a quem trabalha e tem horários a cumprir. E irrito-me. E enervo-me. E revolto-me. Para quê?
Tão inocente, eu.

23 de Março, 2012

Ahhh, e logo agora que eu estava a começar a acreditar na qualidade dos filmes portugueses...

Joana
Ontem à noite estava dar um filme português na RTP1. "Sangue do meu sangue". E pronto, foi ver meia hora daquilo e perceber que toda a fama e todo o preconceito contra filmes portugueses têm razão de ser. Muito, mas muito mau. Asneiras a cada 30 segundos, linguagem e imagens ofensivas, muito cigarro, muita droga, muita nudez, tudo muito gratuito. E com aspirações de se tornar totalmente alternativo, mas apenas conseguindo ser baixo e reles, com conteúdo discutível. É o que está a dar: estes realizadores e histórias que todos aplaudem como fenomenais e que apenas me parecem ser resultado de umas substâncias estranhas a mais por ali.

Eu, que não sou nada de achar que se deve concluir o todo pela parte, tenho de admitir. Este filme é mau, mas do pior mau que imaginem. E sobretudo, tira crédito a quem ainda acredita na qualidade do que cá se faz. Como me querem a pagar bilhetes num cinema para ver isto?

Há coisas boas no cinema português, mas sem cair em clichés e facilitismos para atrair "clientela" fácil, há muito pouco, na verdade. Desilusão pura.


(Atirem-me lá pedras, já estou a contar...)

23 de Março, 2012

Ahhh, e logo agora que eu estava a começar a acreditar na qualidade dos filmes portugueses...

Joana
Ontem à noite estava dar um filme português na RTP1. "Sangue do meu sangue". E pronto, foi ver meia hora daquilo e perceber que toda a fama e todo o preconceito contra filmes portugueses têm razão de ser. Muito, mas muito mau. Asneiras a cada 30 segundos, linguagem e imagens ofensivas, muito cigarro, muita droga, muita nudez, tudo muito gratuito. E com aspirações de se tornar totalmente alternativo, mas apenas conseguindo ser baixo e reles, com conteúdo discutível. É o que está a dar: estes realizadores e histórias que todos aplaudem como fenomenais e que apenas me parecem ser resultado de umas substâncias estranhas a mais por ali.

Eu, que não sou nada de achar que se deve concluir o todo pela parte, tenho de admitir. Este filme é mau, mas do pior mau que imaginem. E sobretudo, tira crédito a quem ainda acredita na qualidade do que cá se faz. Como me querem a pagar bilhetes num cinema para ver isto?

Há coisas boas no cinema português, mas sem cair em clichés e facilitismos para atrair "clientela" fácil, há muito pouco, na verdade. Desilusão pura.


(Atirem-me lá pedras, já estou a contar...)

21 de Março, 2012

"Tu não és normal..." - 7: Surpresa!

Joana
Quem me conhece, sabe que eu tenho um enorme fascínio por burros (os animais irracionais que fazem ióoo ióoo... esses.) Acho-os uns animais muito doces e simplesmente não lhes resisto.
Aparentemente, esta minha admiração transparece muitas vezes e não me contenho de a partilhar com quem gosto. Vai daí e não é que os meus formandos, numa recente viagem de trabalho à Alemanha (outro fascínio meu), me trouxeram este mimo?:



Digam lá se isto não é a metáfora de ternurento. Adorei o gesto e não consigo parar de olhar para ela. Sim, porque é, claramente, uma burra. E chama-se Pêpa, já agora - em homenagem a quem se lembrou de mim e teve a amabilidade de não deixar o bichinho numa loja fria de um aeroporto alemão.
Sim, eu sou uma eterna criança, nem se questionem sobre isso.
Obrigada, meus queridos formandos. 
Bem vinda, Pêpa! :) 

21 de Março, 2012

"Tu não és normal..." - 7: Surpresa!

Joana
Quem me conhece, sabe que eu tenho um enorme fascínio por burros (os animais irracionais que fazem ióoo ióoo... esses.) Acho-os uns animais muito doces e simplesmente não lhes resisto.
Aparentemente, esta minha admiração transparece muitas vezes e não me contenho de a partilhar com quem gosto. Vai daí e não é que os meus formandos, numa recente viagem de trabalho à Alemanha (outro fascínio meu), me trouxeram este mimo?:



Digam lá se isto não é a metáfora de ternurento. Adorei o gesto e não consigo parar de olhar para ela. Sim, porque é, claramente, uma burra. E chama-se Pêpa, já agora - em homenagem a quem se lembrou de mim e teve a amabilidade de não deixar o bichinho numa loja fria de um aeroporto alemão.
Sim, eu sou uma eterna criança, nem se questionem sobre isso.
Obrigada, meus queridos formandos. 
Bem vinda, Pêpa! :) 

20 de Março, 2012

Este país: as empresas de recrutamento.

Joana
Ora vai que eu hoje me enchi de coragem e paciência e lá fui visitar e registar-me em duas empresas de recrutamento. 

O 1º contacto:
Começa logo mal, porque assim que se entra, leva-se logo de chapa a palavra "Temporário" escrito a letras gordas e num local estratégico, para que ninguém vá para lá a achar que vai encontrar um emprego de sonho ou estável. "Naaa, meus meninos, aqui é só precariedade, está bem? Proooonto."

O ambiente:
Pois que se chega a estas empresas armadas ao pingarelho e, enquanto esperamos, só vemos pessoas de cabeça baixa, sem expectativas nenhumas e que, de vez em quando, dizem alto nas chamadas "entrevistas" (pfff, é isso é...) que só têm a 4ª classe, quanto muito o 9º ano, que têm três ou quatro filhos, que já emigraram mas ficaram na pobreza... enfim, situações de carência muito complicadas. Seria, por isso, de esperar que do outro lado estivesse alguém que pelo menos os olhasse nos olhos, mas não. Só olham para um computador, registam o que têm a registar e rematam com um "Bom dia e obrigado".

A vaidade:
Numa das empresas a que fui, os funcionários estavam tão aperaltados, que não conseguiam fazer com que alguém que lá estava a candidatar-se se sentisse bem. Ele é fatinhos, saltos de agulha, unhas enormes e com verniz que nunca privou com um detergente ou esfregão da louça, maquilhagem de festa e outras tretas que tais. Ehhh... qual é o objetivo? Envergonhar alguém? É que não conseguem, está bem? Nem a vossa tarefa é assim tão especial que vos exija essa fachada toda.

A análise das habilitações:
Eles são técnicos de recursos humanos, certo? Eles estão habilitados e preparados para lidar com as pessoas, correto? Eles estão ali porque querem estar ali, verdade? Então deviam saber que há pessoas com mais e menos habilitações e que se estão ali, é porque a todas as outras portas a que bateram não conseguiram nada, suponho que percebam isto. Fiquei hoje com a nítida sensação que estas empresas têm interesse é em pessoal pouco qualificado, que não chateie nem exija muito, que não saiba mais do que é conveniente a quem pediu uma pesquisa de candidatos. O meu CV já está muito reduzido em relação à realidade e nem assim. Mas muito sinceramente, acho que nem tem a ver com o CV. Se não é uma coisa, é outra. Se fosse de calças de ganga, sapatilhas e uma qualquer t-shirt, se calhar tinha mais sucesso. 
Ainda bem que estou a lidar com pessoas habilitadas, olha se não estivesse.

As expectativas:
Seria de esperar - penso eu - que uma empresa de recrutamento soubesse desde logo informar se há ou não possibilidade de um dado candidato poder ser ou não chamado para uma eventual oferta, tendo em conta que está ali a lidar diretamente com ele e com o seu perfil pessoal e profissional. Mas não. Não reagem, são computadores com braços e só registam o que está no currículo em papel, porque (dizem) não estão autorizados a ter lá currículos em papel. Ahhh, está bem. Quer dizer, desloco-me a uma empresa destas para quê, concretamente, expliquem-me lá outra vez...?

O balanço final:
Não é por aqui o caminho. Pelo menos, tentei, mas nem dei tempo à cabeça de criar expectativas, o que é muito bom.
Já vi tudo o que tinha a ver por estes lados. Vamos à próxima alternativa.


20 de Março, 2012

Este país: as empresas de recrutamento.

Joana
Ora vai que eu hoje me enchi de coragem e paciência e lá fui visitar e registar-me em duas empresas de recrutamento. 

O 1º contacto:
Começa logo mal, porque assim que se entra, leva-se logo de chapa a palavra "Temporário" escrito a letras gordas e num local estratégico, para que ninguém vá para lá a achar que vai encontrar um emprego de sonho ou estável. "Naaa, meus meninos, aqui é só precariedade, está bem? Proooonto."

O ambiente:
Pois que se chega a estas empresas armadas ao pingarelho e, enquanto esperamos, só vemos pessoas de cabeça baixa, sem expectativas nenhumas e que, de vez em quando, dizem alto nas chamadas "entrevistas" (pfff, é isso é...) que só têm a 4ª classe, quanto muito o 9º ano, que têm três ou quatro filhos, que já emigraram mas ficaram na pobreza... enfim, situações de carência muito complicadas. Seria, por isso, de esperar que do outro lado estivesse alguém que pelo menos os olhasse nos olhos, mas não. Só olham para um computador, registam o que têm a registar e rematam com um "Bom dia e obrigado".

A vaidade:
Numa das empresas a que fui, os funcionários estavam tão aperaltados, que não conseguiam fazer com que alguém que lá estava a candidatar-se se sentisse bem. Ele é fatinhos, saltos de agulha, unhas enormes e com verniz que nunca privou com um detergente ou esfregão da louça, maquilhagem de festa e outras tretas que tais. Ehhh... qual é o objetivo? Envergonhar alguém? É que não conseguem, está bem? Nem a vossa tarefa é assim tão especial que vos exija essa fachada toda.

A análise das habilitações:
Eles são técnicos de recursos humanos, certo? Eles estão habilitados e preparados para lidar com as pessoas, correto? Eles estão ali porque querem estar ali, verdade? Então deviam saber que há pessoas com mais e menos habilitações e que se estão ali, é porque a todas as outras portas a que bateram não conseguiram nada, suponho que percebam isto. Fiquei hoje com a nítida sensação que estas empresas têm interesse é em pessoal pouco qualificado, que não chateie nem exija muito, que não saiba mais do que é conveniente a quem pediu uma pesquisa de candidatos. O meu CV já está muito reduzido em relação à realidade e nem assim. Mas muito sinceramente, acho que nem tem a ver com o CV. Se não é uma coisa, é outra. Se fosse de calças de ganga, sapatilhas e uma qualquer t-shirt, se calhar tinha mais sucesso. 
Ainda bem que estou a lidar com pessoas habilitadas, olha se não estivesse.

As expectativas:
Seria de esperar - penso eu - que uma empresa de recrutamento soubesse desde logo informar se há ou não possibilidade de um dado candidato poder ser ou não chamado para uma eventual oferta, tendo em conta que está ali a lidar diretamente com ele e com o seu perfil pessoal e profissional. Mas não. Não reagem, são computadores com braços e só registam o que está no currículo em papel, porque (dizem) não estão autorizados a ter lá currículos em papel. Ahhh, está bem. Quer dizer, desloco-me a uma empresa destas para quê, concretamente, expliquem-me lá outra vez...?

O balanço final:
Não é por aqui o caminho. Pelo menos, tentei, mas nem dei tempo à cabeça de criar expectativas, o que é muito bom.
Já vi tudo o que tinha a ver por estes lados. Vamos à próxima alternativa.