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Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

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Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

28 de Fevereiro, 2013

Os meus amigos e os amigos dele.

Joana
Nunca achei que, numa relação, os amigos de um devam ser, necessariamente, os amigos do outro. À partida, sem contar com aqueles casos em que as pessoas se conhecem há anos e só depois descobrem que estão apaixonadas, os dois elementos da relação vêm de locais, contextos e passados diferentes que se mostram, necessariamente, preenchidos com pessoas diferentes.

Por acaso, eu conheci o J. através de um amigo comum. Mas cedo esse amigo deixou de ser o único dos amigos comuns. Todo aquele meu grupo - incluindo eu, naturalmente - nos tornámos seus (do J.) amigos. Já no outro sentido, a coisa não funcionou assim. Eu conheci os amigos dele e com nenhum senti qualquer tipo de amizade; simpatia, sim (por dois, apenas), mas nada mais que isso. Sempre esclarecemos bem isso de início, que eles não eram meus amigos e que só estava com eles quando e se o J. desejasse que eu estivesse. Ele quis sempre, por sinal, mas em dezembro passado muitas coisas mudaram e uma delas foi essa. Esses supostos "amigos" do J. falharam TODOS naquilo a que chamam amizade - não estiveram lá num momento crucial da vida do J. em que tudo, de repente, pareceu deixar de fazer sentido. Não compreendi e não desculpei - o desrespeito atroz para com a pessoa que amava (e amo) e que via ali, destroçada e sem qualquer força, não teve limites. E aí, marquei uma posição - a partir daquele momento nunca mais iria estar com eles, porque simplesmente não valem a pena. E não teve a ver com ter maior ou menor afinidade com eles - podiam até ter sido as pessoas mais próximas; aquilo simplesmente não se faz e essa teria sido sempre a minha atitude. 

Agora chegam as palavrinhas cheias de cuidados do tipo "já nos conhecemos há tanto tempo, não vamos estragar uma amizade de infância" e eu estou a ver o desfecho. Se o J. os perdoar - e essa é uma decisão inteiramente dele - acho mal, mas aceito (tenho de aceitar); eu não os perdoo e não tenho qualquer prova de amizade por parte deles - nem em relação a mim, nem em relação ao J. - que me faça sequer ponderar se vale a pena voltar atrás na minha decisão. Já ele, duvido que tenha em relação a eles a atitude que eles mereciam da parte dele. Mas também não serei eu a contrariar alguma atitude que o J. queira ter - são os "amigos" dele. Não são os meus.

No meio desta coisa toda, uma das minhas maiores alegrias é que os meus amigos - que rapidamente e de forma genuína se tornaram também nos melhores amigos do J. - não nos falham e provaram já muitas vezes o valor e o carinho que têm por nós. Não é fácil passar o que passámos e nem por um momento nos sentimos esquecidos ou substituídos por desculpas. Já no caso destes espécimes, uns adolescentes que se dizem adultos e que, afinal, são um bando de irresponsáveis imaturos que acham que amizade são só jantaradas e carros, só lhes "cairá a ficha" quando passarem por uma situação idêntica e virem o quanto importa ter a nosso lado quem nos quer bem. E estar lá nesses momentos, sem desculpas e sempre com um abraço e um ombro para chorar, seja de alegria, seja de tristeza, é a verdadeira amizade.

28 de Fevereiro, 2013

Os meus amigos e os amigos dele.

Joana
Nunca achei que, numa relação, os amigos de um devam ser, necessariamente, os amigos do outro. À partida, sem contar com aqueles casos em que as pessoas se conhecem há anos e só depois descobrem que estão apaixonadas, os dois elementos da relação vêm de locais, contextos e passados diferentes que se mostram, necessariamente, preenchidos com pessoas diferentes.

Por acaso, eu conheci o J. através de um amigo comum. Mas cedo esse amigo deixou de ser o único dos amigos comuns. Todo aquele meu grupo - incluindo eu, naturalmente - nos tornámos seus (do J.) amigos. Já no outro sentido, a coisa não funcionou assim. Eu conheci os amigos dele e com nenhum senti qualquer tipo de amizade; simpatia, sim (por dois, apenas), mas nada mais que isso. Sempre esclarecemos bem isso de início, que eles não eram meus amigos e que só estava com eles quando e se o J. desejasse que eu estivesse. Ele quis sempre, por sinal, mas em dezembro passado muitas coisas mudaram e uma delas foi essa. Esses supostos "amigos" do J. falharam TODOS naquilo a que chamam amizade - não estiveram lá num momento crucial da vida do J. em que tudo, de repente, pareceu deixar de fazer sentido. Não compreendi e não desculpei - o desrespeito atroz para com a pessoa que amava (e amo) e que via ali, destroçada e sem qualquer força, não teve limites. E aí, marquei uma posição - a partir daquele momento nunca mais iria estar com eles, porque simplesmente não valem a pena. E não teve a ver com ter maior ou menor afinidade com eles - podiam até ter sido as pessoas mais próximas; aquilo simplesmente não se faz e essa teria sido sempre a minha atitude. 

Agora chegam as palavrinhas cheias de cuidados do tipo "já nos conhecemos há tanto tempo, não vamos estragar uma amizade de infância" e eu estou a ver o desfecho. Se o J. os perdoar - e essa é uma decisão inteiramente dele - acho mal, mas aceito (tenho de aceitar); eu não os perdoo e não tenho qualquer prova de amizade por parte deles - nem em relação a mim, nem em relação ao J. - que me faça sequer ponderar se vale a pena voltar atrás na minha decisão. Já ele, duvido que tenha em relação a eles a atitude que eles mereciam da parte dele. Mas também não serei eu a contrariar alguma atitude que o J. queira ter - são os "amigos" dele. Não são os meus.

No meio desta coisa toda, uma das minhas maiores alegrias é que os meus amigos - que rapidamente e de forma genuína se tornaram também nos melhores amigos do J. - não nos falham e provaram já muitas vezes o valor e o carinho que têm por nós. Não é fácil passar o que passámos e nem por um momento nos sentimos esquecidos ou substituídos por desculpas. Já no caso destes espécimes, uns adolescentes que se dizem adultos e que, afinal, são um bando de irresponsáveis imaturos que acham que amizade são só jantaradas e carros, só lhes "cairá a ficha" quando passarem por uma situação idêntica e virem o quanto importa ter a nosso lado quem nos quer bem. E estar lá nesses momentos, sem desculpas e sempre com um abraço e um ombro para chorar, seja de alegria, seja de tristeza, é a verdadeira amizade.

22 de Fevereiro, 2013

Esta semana de emoções em metáforas e afins.

Joana
Tenho uma amiga que me disse um dia uma coisa que faz todo o sentido: se estamos tristes, ouvimos a letra; se estamos felizes, ouvimos a música. E isto é verdade, de facto.
Nesta semana, comecei por ouvir muitas letras. Muitas.
Depois, fui-me informar para saber se eu é que estava errada - porque realmente questionei as coisas. Li isto e isto e mais uns "istos" por aí.  E concluí que não, que não estava errada.
Houve iniciativa de se esclarecerem as coisas, tudo ganhou outra perspetiva e a partilha deu lugar a um entendimento.
Não está tudo como estava antes, é certo, mas haverá bastantes coisas que estão melhores.
E aos poucos comecei a ouvir as músicas. Uma a uma.
Agora, para dizer verdade, já nem me quero lembrar bem das letras. Espero, aliás, que não me interessem por muito tempo.


22 de Fevereiro, 2013

Esta semana de emoções em metáforas e afins.

Joana
Tenho uma amiga que me disse um dia uma coisa que faz todo o sentido: se estamos tristes, ouvimos a letra; se estamos felizes, ouvimos a música. E isto é verdade, de facto.
Nesta semana, comecei por ouvir muitas letras. Muitas.
Depois, fui-me informar para saber se eu é que estava errada - porque realmente questionei as coisas. Li isto e isto e mais uns "istos" por aí.  E concluí que não, que não estava errada.
Houve iniciativa de se esclarecerem as coisas, tudo ganhou outra perspetiva e a partilha deu lugar a um entendimento.
Não está tudo como estava antes, é certo, mas haverá bastantes coisas que estão melhores.
E aos poucos comecei a ouvir as músicas. Uma a uma.
Agora, para dizer verdade, já nem me quero lembrar bem das letras. Espero, aliás, que não me interessem por muito tempo.


21 de Fevereiro, 2013

Dizem que querem trabalhar.

Joana
Pois, Pois querem. Os professores querem trabalhar, mas é a ganhar subsídios de desemprego e, ao mesmo tempo, a querer dar explicações pagas "por debaixo da mesa". E depois dizem que o preço que lhes pagam por explicação é muito pouco. Pois, pudera, são os outros que vão pagar os impostos sobre as faturas que passam aos alunos, não eles!!
Tão palerma, esta minha classe.
E depois andam a dizer que são professores por paixão e vocação. É isso, é. Se assim fosse, teriam a humildade para abraçar novos projetos de raíz e considerariam que começar por baixo, marcar presença, lutar pelo sucesso e alcançá-lo junto de pais e alunos é a maior recompensa para aquele que é - esse sim - um professor por pura paixão.
Palermas!

21 de Fevereiro, 2013

Dizem que querem trabalhar.

Joana
Pois, Pois querem. Os professores querem trabalhar, mas é a ganhar subsídios de desemprego e, ao mesmo tempo, a querer dar explicações pagas "por debaixo da mesa". E depois dizem que o preço que lhes pagam por explicação é muito pouco. Pois, pudera, são os outros que vão pagar os impostos sobre as faturas que passam aos alunos, não eles!!
Tão palerma, esta minha classe.
E depois andam a dizer que são professores por paixão e vocação. É isso, é. Se assim fosse, teriam a humildade para abraçar novos projetos de raíz e considerariam que começar por baixo, marcar presença, lutar pelo sucesso e alcançá-lo junto de pais e alunos é a maior recompensa para aquele que é - esse sim - um professor por pura paixão.
Palermas!

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