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Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

31 de Março, 2015

Ainda bem que dizem que as pessoas não ligam à cultura. Se calhar, não é bem esse o problema.

Joana

Rui Massena na Casa da Música.

Estava a desejar muito ir ver este concerto. Fui consultar os preços. 30 Euros por pessoa. Repito: 30 Euros por pessoa. Estamos a falar de um artista português, de um maestro e de uma Orquestra portuguesas. Estamos a falar de cultura portuguesa. Não estamos (penso!) a falar de vedetismos ou estrelas mundiais. Mas serei a única a incomodar-me? A meu ver, isto chega a ser insultuoso para quem quer realmente apreciar a boa cultura e não nada em mares de dinheiro. Se é esta proximidade que querem alcançar com o público, bravo! Estão a conseguir tocar apenas para um público de carteira cheia que, provavelmente, será exatamente o único, ou pelo menos o que mais (e realmente) vos interessa.

São escolhas, bem sei que sim. Mas são escolhas limitadas pela carteira, o que torna tudo muito mais pobre a todos os níveis. É triste que assim seja.

 

31 de Março, 2015

Sabes que a procura de casa te está a assar os miolos quando...

Joana

... o teu respetivo te diz "Regueifa" e ouves "Regueifães" (porque andamos à procura de casa na zona da Maia e Gueifães é uma das freguesias possíveis).

 

... te dizem "amendoim" e pensas em "Vermoim" (outra freguesia).

 

... te dás conta que consegues fazer piadas fáceis sobre as freguesias onde estás a focar a tua procura e com a maior naturalidade dizes, em tom de brincadeira, "Arruma os Guifões (alusão à palavra "garrafões" num trocadilho com o nome de outra freguesia, mas já não da Maia - Guifões) no sítio, por favor".

 

Resultado: toda a noite pensei / sonhei / delirei com casas e escrituras.

Estava a pedi-las, eu sei.

30 de Março, 2015

Eh lá, isto é demasiado para mim!

Joana

Nem consigo comentar. É demasiada arte para uma pessoa só. Havia tantas coisas a dizer, mas nem saberia por onde começar. Vejam e apreciem (se bem que não sei ao certo se "apreciar" é o verbo mais correto neste contexto). Se ainda tiverem fôlego, partilhem os vossos desabafos (atenção à piada fácil). Se conseguiram olhar para os quadros, também podem deixar as vossas considerações.

 

 

30 de Março, 2015

Onde está o Wally (ou seja, eu)? Está no Jornal de Notícias e na SIC!

Joana

Vamos por partes.

 

Pois que na semana passada a SIC veio fazer uma reportagem à minha empresa. Contactaram-me a meio da manhã para agendar as gravações para a tarde. Say whaaat? - pensei eu. Fiquei histérica (mas num registo silêncio-histérico) e comecei logo a entrar em transe. Não podia estar a acontecer! Fiquei com o coração a 1000 à hora e na minha cabeça só rolava um disco sobre o que haveria de dizer e como o haveria de dizer. Até enquanto estava a lavar os dentes dei por mim a falar alto e sozinha para o espelho, como se a jornalista estivesse lá (sim, estão autorizados a fazer aquele sinal ao lado das fontes da vossa testa, em que o vosso dedo indicador anda à roda, enquanto fazem Cu-Cu). E foi inacreditável. Não porque tivesse simplesmente aparecido na televisão, mas sim porque a televisão teve interesse numa coisa minha, que eu construí sozinha, do zero, da minha cabeça e com as minhas mãos (e as do J.) e que, apesar de todas as más marés e mares adversos, tenho sempre conseguido levar para a frente. Eu é que dei motivo à reportagem e não o contrário. Estou muito, mas muito orgulhosa de mim, confesso! E, sinceramente, eu mereço.

A coisa melhorou quando, nessa mesma manhã, vi que também tinha aparecido um artigo no Jornal de Notícias, em que eu e a minha empresa fomos referenciados. A entrevista tinha sido feita uns bons dias antes e não esperava que tudo coincidisse na mesma altura.

Em contraposição, deu para ver, com estas coisas todas, quem realmente gosta de mim e tem orgulho no meu sucesso e quem diz gostar de mim, mas vira a cabeça para o lado, como que fingindo nem ter reparado, só porque as coisas correram melhor para outra pessoa do que para elas próprias.

 

Seja pelo que for, estou eufórica. Acho que tive, depois de alguns anos, uma recompensa mais do que merecida e calhou mesmo na melhor altura. A reportagem tardou muito a ser emitida pelos acontecimentos da semana passada, nomeadamente o acidente do avião da Germanwings. Hoje já apareci e devo voltar a aparecer de novo, lá pelo meio de Jornais da Noite. Digo eu, sem certeza. Mas será que me conseguem descobrir, qual Wally?

 

27 de Março, 2015

Eu tinha 29 000 visitas no Blogger. Não me façam desistir agora que mudei para o Sapo, vá lá.

Joana

Isto é mais do que uma petição - é, oficialmente, um choradinho à "cara podre". Eu quero começar a ter uma média diária de visitas que me faça crer que a minha aposta em abandonar o Blogger e em iniciar uma nova aventura no português Sapo foi certeira e que vale a pena cá estar. Eu quero que os números de visitas a este blogue seja maior que os clientes de um almoço no MacDonald's cá da zona (hummm... talvez seja complicada esta). Eu quero ser leitura obrigatória para muita gente. Eu quero sentir a pressão de ter de escrever algo de novo todos os dias, porque se não o fizer posso perder leitores. Eu quero que as visitas subam, e subam e subam. Eu quero muita coisa, eu sei. Mas eu mereço. Mesmo aqueles que não me conhecem podem crer que eu mereço. Eu escrevo coisas de jeito (acho!), detesto erros ortográficos e sou muito picuinhas com a língua portuguesa (pelo que não verão erros crassos de fazer rebolar os vossos olhinhos), adoro escrever, sou bastante crítica quando estou "com a telha" (o que me traz alguns dissabores), dou umas opiniões sobre o que vou experimentando (tirando drogas e álcool, porque não lhes ligo patavina) e acho que digo algumas coisas com piada - para além de fazer análises muito peculiares sobre comprimidos para potências sexuais e sobre anúncios que só passam à hora de almoço sobre coisas que não têm utilidade alguma. Não vos garanto muito conteúdo todos os dias, mas garanto que não vos abandonarei, se não me abandonarem. (Entra o violino!)

Quem chega?

 

26 de Março, 2015

A nossa vida nas mãos dos outros.

Joana

Para os que ficaram, saber que as suas pessoas morreram num acidente intencionalmente provocado por capricho de uma "pessoa" que tinha algum distúrbio demasiado macabro para estar aos comandos de um avião, é, de certeza, uma dor muito mais profunda que qualquer ausência de resposta. Por mais que a incógnita doa, isto não pode doer menos.

Ninguém imagina que isto possa acontecer, sobretudo que possa acontecer consigo. Mas pode. Está aqui ao lado. E é uma questão de sorte, só isso. A vida roubada assim, de repente - a dos que partem, mas sobretudo, a dos que ficam -, é demasiado difícil de compreender e aceitar. Somos mesmo nada, quando queremos.

É demasido mau para ser verdade isto tudo. Faltam as palavras para mais.

25 de Março, 2015

A minha aversão a atrasos é crónica. A minha aversão a pais que incutem a ideia do atraso aos filhos é doentia.

Joana

Lido muito mal com atrasos. Não vale a pena dizerem-me que é exagero, porque para mim, pura e simplesmente, quem se atrasa não tem respeito pelos outros. Chegar uns minutos (poucos!) depois da hora é tolerável uma vez, mas mais não. Para mim, chegar a horas é chegar antes da hora - não muito, mas sempre alguma coisa antes. Um atraso é uma péssima imagem que alguém me pode dar e isso revolve-me as entranhas. Não sei lidar com isto, não consigo evitar falar e chatear-me e irrito-me muito com quem se atrasa.

Como lido com alunos e sou muito exigente na sua educação e formação, não tolero atrasos, quando há coisas marcadas com hora certa. No entanto, chego à conclusão que isto é um problema que tem por base (mais uma vez) os pais, pois 90% das vezes são eles que facilitam e que entendem (e dão a entender aos filhos) que um "pequeno" atraso não faz mal nenhum e é tolerável. Erro crasso. Qualquer pequeno atraso é sempre um atraso, logo está errado. Já para não falar no pressuposto que criam nas suas cabeças de que os outros estão ao seu serviço e, por isso, terão de esperar. Enfim, sem comentários.

Os princípios de boa conduta deveriam ser promovidos desde cedo e, cada vez mais, noto que não o são. O que na minha educação foi incutido desde sempre - e que considero exemplar - é que nunca se deve chegar atrasado, seja a que compromisso for, simplesmente porque isso denota falta de consideração pelo outro. Naturalmente, há situações sociais que quase exigem um ligeiro atraso, bem sei, mas apenas aí a coisa é tolerada. Não sou muito exagerada, não pensem. Sou, sim, responsável e, para mim, qualquer atraso é sinal de irresponsabilidade e desconsideração pelo outro. Mas não vejo isso hoje. Não noto a educação dos pais a seguir este sentido, não sinto sequer a mínima preocupação com a importância das horas, pois são eles mesmos que, em frente aos filhos, dão desculpas esfarrapadas para justificar os atrasos (e os filhos a saberem que aquilo é mentira). Se hoje são os próprios pais a dar o mau exemplo, então a coisa vai mesmo torta.

 

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