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Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

23 de Março, 2015

As funcionárioas do MacDonald's são todas magras?

Joana

Por aqui, na área em que vivemos, sim. TODAS. Segundo o J., elas trabalham tantas horas com aqueles cheiros e stress, que depois, ao chegar a casa, nem conseguem comer nada, de tão enjoadas que estão. Faz sentido. E percebo, porque aquilo é de bradar aos céus (eu não aguentaria nem 1 hora de trabalho lá, quase que asseguro).

20 de Março, 2015

O eclipse está a acontecer (dizem). So what?

Joana

O dia está cinzento, como tem estado sempre, e parece que vai cair uma carga de água. O céu está cheio de nuvens e a manhã a la Porto está tão interessante como uma manhã londrina. Diz que é do eclipse. Eu digo que é das nuvens. Na rádio, a abertura de todos os serviços noticiosos é sobre o eclipse. Não se vê um raio e esta escuridão tira-me ainda alguma disposição que possa ter. Estou, portanto, tão entusiasmada com isto como se estivesse a comer tremoços.

 

18 de Março, 2015

Gays, lésbicas e... eu.

Joana

Outro dia, dei por mim a pensar na forma como eu reajo perante a homossexualidade. Eu e o J. estávamos a caminhar pela Baixa do Porto e por nós passou um casal gay, de mãos dadas. Eu reagi normalmente, mas admito que aquilo ainda me causou alguma estranheza - não por qualquer tipo de preconceito, mas por ser (ainda e para o meu dia-a-dia) novidade ver essa coragem para assumir publicamente e sem qualquer pudor uma orientação sexual diferente da generalidade. O casal era um pouco estranho, admito: um rapaz novo, muito efeminado nos trejeitos e expansivo e um homem mais velho, meio envergonhado, calmo e que em nada denunciava a sua orientação. Também por isto se tornou mais estranho. Às tantas, comecei a pensar se a estranheza que eu sentia advinha da homossexualidade assumida ou da diferença de estilo e modos de estar destas duas pessoas. Acabei por concluir que era um misto das duas.

Eu aceito bem a homossexualidade. Eu acato bem ver um casal gay a passear, de mãos dadas, mas não vou dizer que olho para essa realidade com a mesma naturalidade com que vejo (e quase nem ligo) um casal heterossexual, simplesmente porque não fui habituada a ver isso. Não olho com preconceito, olho com curiosidade por ser uma coisa diferente do que já é banal. Não viro a cabeça e fico a comentar, não páro só para ver, não faço caras estranhas quando algum casal gay assumido passa por mim, mas também não ajo da mesma maneira face a outros casais, sou franca. Não demonstro, mas observo. Tenho curiosidade pelo que é diferente, sempre fui assim.

Quando estudei na Alemanha, vi muitas coisas que nunca tinha visto (calma, que não chega a tanto!), sobretudo uma naturalidade incrível face à homossexualidade. [Vi também coisas que preferia não ter visto.] Para os alemães, é perfeitamente natural ver casais gay na rua, sem qualquer pudor (às vezes em demasia, até!). Quando fui com uma amiga a Berlim em 2006, reparei que há roteiros especiais para Gays e Lésbicas na cidade e tudo decorre com a mais absoluta normalidade. Muito estranho para nós na altura, como imaginam, mas muito sensato, também. Tenho a grande vantagem de ter uma mente aberta e um pensamento ao género germânico, muito pragmático e determinado, o que ajuda a aceitar estas realidades. Há coisas que não gosto de ver, mas que são comuns a quaisquer tipo de casais, tipo beijos e demonstrações de afeto demasiado efusivas em público. Mas não vou fingir que tudo é banal e igual para mim. Não é. A questão é que essa diferença não é, em momento algum, negativa. Pelo contrário, é até bastante satisfatória. É sinal que a sociedade está mesmo a mudar e que nos estamos a deixar de repúdios estúpidos.

Não sou nada crítica quanto à homossexualidade, nem julgo ninguém à conta disso. Respeito toda a gente, assim como espero que me respeitem a mim. Mas sou curiosa, como acho que todos somos (mesmo que quase ninguém admita). Acho corajoso e fico feliz quando vejo as pessoas assumirem o que são, porque todas as opções são pessoais e cada um deve manter-se fiel ao que é, e não os que os outros esperam que ele seja. E, sobretudo, porque é preciso ser-se muito Homem e muito Mulher para se demonstrar que se está disposto a rumar contra a maré apenas para se ser feliz.

17 de Março, 2015

Coisas de que gosto - e que recomendo! (Se estiverem de dieta, passem à frente!)

Joana

Eu não sou uma fã louca de chocolate. Gosto de chocolate como acompanhamento, mas dificilmente consigo comer muitos pedaços de chocolate, não suporto chocolate preto e não consigo comer doces ou gelados puros de chocolate, sem "cruzar" com qualquer outro sabor.

 

Há tempos, pelo Natal, uma das mães dos meus alunos, ofereceu-me uma caixa de bombons da Nestlé. Ficou encostadinha a um canto (a caixa, não a mãe), talvez para oferecer um dia a alguém que aprecie mais aquilo do que eu (guilty?). No entanto, outro dia, olhei para a caixa e fui ver a descrição de cada um dos bombons. Aquilo chamou-me a atenção, porque quase todos os bombons tinham recheio de algo crocante e que "quebrava" o puro chocolate, pelo que, na fase do mês em que tudo é permitido (homens, aceitem a realidade!), decidi abri-la.

Bem, foi uma (muito!) boa decisão, porque os bombons são MESMO bons. Ou isso, ou eu contento-me com pouco (não acredito nada nesta última teoria!) e não percebo nada de chocolate. 80% dos bombons são de chocolate de leite de muito boa qualidade e aquilo é viciante. Vejam, mas se estiverem em dietas ou coisas do género, não toquem!

 Não comecem, eu avisei!

 

14 de Março, 2015

Não há cordas inquebráveis.

Joana

Para mim, não há nada melhor que delicadeza e educação. Não há nada mais importante que ter a capacidade de pensar no outro que amamos e pô-lo em primeiro lugar e, em função disso, agir de acordo com o que é importante para essa pessoa. Isso não significa perdermo-nos, afastarmo-nos da nossa personalidade e identidade, mas sim fazer tudo para que a pessoa que está a nosso lado não sofra. O que é importante para nós nem sempre corresponde ao que é importante para o outro e vice-versa. Mas estar numa relação nunca foi nem será pormo-nos em primeiro lugar. Nesse caso, o que está a acontecer não é uma relação, mas sim um companheirismo apenas. Se o outro que amamos se sensibiliza perante certos comportamentos, então façamos tudo para evitar os comportamentos que o farão sofrer. Se para o outro que amamos um pedido de desculpas, por mais insignificante que nos pareça, é importante, então peçamos desculpa (se tivermos, efetivamente, algo por que pedir desculpa, obviamente). Se o outro que amamos faz o melhor por nós, então mostremos gratidão, elogiemos o que fez e por que o fez. Se o outro que amamos é importante para nós, então que o ponhamos em lugar de destaque e façamos tudo por o ver feliz e nunca, em momento algum, o vermos a sofrer em silêncio. Guardar dores dentro de nós é a pior coisa que podemos fazer pelo nosso e pelo bem estar de todos à nossa volta. Quando rebentamos, tudo adquire proporções erradamente exageradas, são ditas coisas que nunca deviam ser pronuncidas e são trazidas à baila situações que nunca, quando há amor, deveriam sequer existir.

 

O amor é isto. Altruísta e simples. E se isto é difícil de entender e de praticar, se isto tem de ser dito a quem se ama e se isto não se sabe de antemão sem que alguém tenho de no-lo apontar e relembrar, então tudo isto está condenado a ser um fracasso. Por mais que tentemos agarrar a corda para aguentar as coisas, ela vai inevitavelmente ceder em alguma parte. Não há cordas que aguentem todos os pesos. Podem ser as melhores e mais fortes, mas nenhuma é inquebrável.

 

 

13 de Março, 2015

A função pública luta em dias de sol.

Joana

Fico sempre desconfiada quando uma greve geral é marcada para uma sexta feira. Sobretudo se for marcada para uma sexta feira cheia de sol. Por muitos motivos que haja, por muita injustiça que se faça, não poderia a função pública fazer greve a uma quarta feira, por exemplo? É que hoje vejo restaurantes e cafés cheios de gente em proporções fora do normal. Será justo tirar as minhas próprias conclusões? Penso que sim. Se esta camada da sociedade já não tem a melhor fama de todas, talvez este tipo de "lutas" não contribua muito para melhorar o cenário, não?

 

 

13 de Março, 2015

Bem que a minha mãe me chama Tio Patinhas.

Joana

As mães sabem tudo. E, por isso, quando a minha me chama de Tio Patinhas, bem que tem razão. Eu adoro poupar e encontrar pechinchas. Não quero muito saber o que dizem de mim, o que acham, se dou ar disto ou daquilo. Importa-me, sim (e apenas!) os bons achados que encontro e os bons negócios que faço.

Tendo em conta isto, virei pato rico por uns minutos, hoje de manhã. Andava eu a tratar de uns assuntos pessoais e vejo, numa cafetaria (!) uma caixa cheia de livros, todos a 1,5 Euros. Comprei dois manuais completos, com tudo o que é Caderno de Atividades, Fichas de Consolidação, Materiais de apoio, CD, etc. por apenas 1,5 Euros. Achei demasiada oferta, mas fui em frente. A rapariga até foi confirmar, mas estava lá escrito na caixa, não havia por onde pegar. Comprei ainda um livro de preparação para exames, daqueles grossos, por apenas 1,5 Euros. Se isto não é começar bem uma sexta feira, 13, sobretudo para uma caça-pechinchas... :)

Sim, sou Tio Patinhas. Mas só na parte de ser poupadinha, que a piscina cheia de moedas ainda não é uma realidade (mas faz parte dos planos, claro!).

 

Vocês também são assim?

 

12 de Março, 2015

Não gosto de "massas".

Joana

E, por isso, não gosto nada desta coisa que se convencionou normal, que é escrever "R.I.P." quando alguém falece. Para quê isto, minha gente? Somos ingleses e não nos sabemos expressar de outra forma? Não haverá forma de mostrar respeito por alguém que desaparece sem recorrer a uma língua que não a nossa? Se assim é, é muito mau sinal.

 

Ainda posso perceber que as pessoas se expressem em inglês (e, entretanto, questiono-me quantas haverá que nem sabem a que corresponde este acrónimo) se se referirem a uma pessoa estrangeira, como forma de serem entendidos por todos em redes sociais e afins. Agora, a coisa torna-se quase intolerante quando se usa o famoso "R.I.P." com pessoas portuguesas e, pior ainda, quando são próximas a quem manifesta a sua dor.

 

A sério. Acabem lá com isso.