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Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

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29 de Fevereiro, 2016

E puff... fez-se Choca... desculpem, Magia!

Joana

Há coisa de um ano, andávamos nós a preparar o nosso casamento, fomos a um showroom, onde se apresentavam algumas atividades complementares pelas quais, se quiséssemos, poderíamos optar para associar ao nosso Copo D' Água. Uma delas foi magia. E vamos ser francos: uma coisa é vermos magia na televisão e ok, é giro e tal; outra coisa TOTALMENTE DIFERENTE é vermos magia à nossa frente! A sensação é, após a natural incredibilidade no que se acabou de passar mesmo à frente dos nossos olhos, a de violação mental. Não sei se alguém já passou pela experiência, mas quando um truque é complexo e bem feito, não conseguimos parar de pensar naquilo e sentimos mesmo que alguém teve a capacidade de entrar no nosso subconsciente, manipulá-lo e "congelar", por momentos, a nossa capacidade de raciocínio. É incrível e altamente assustador. O truque que nos fizeram foi o de escrever numa carta, desenhar e assinar, reinseri-la num baralho e ela aparecer, exatamente com o que nela escrevemos, com a nossa letra e tudo o mais, segundos depois, dentro de um envelope fechado, dentro de um bolso. Isto dito é giro e tal, mas vermos aquilo ali, à nossa frente, é de nos deixar parvinhos, mesmo.

 

Não optámos por este serviço, porque somos adeptos de coisas simples e queríamos o casamento à nossa imagem. Mas lá que isto mexeu connosco, mexeu. Nunca mais, desde esse dia, vimos um truque de magia da mesma forma.

 

(E a carta lá continua em nossa casa, na pasta de arquivo das recordações do nosso casamento, porque realmente passou a fazer parte da nossa história.]

26 de Fevereiro, 2016

Só a mim.

Joana

Serei a única pessoa no mundo que NUNCA consegue usar o raspador na cozinha, sem cortar uma parte da pele dos próprios dedos? A sério, é que é sempre, sem exceção! Desesperante!

(E, já agora, conhecem alguma forma de contornar isto?)

 

 

25 de Fevereiro, 2016

Hoje é dia de... não ser dia de nada!

Joana

Não sou (nem me lembro de alguma vez ter sido) uma daquelas pessoas que recebe muito os outros em casa. Admito, não tenho este perfil. Não é porque não goste - aliás, adoro estar rodeada das minhas pessoas queridas - mas acho que assumi sempre esses momentos como especiais e, por isso, nunca tive por hábito torná-los muito regulares e, com isso, banalizá-los. Pode parecer ridículo, mas é assim que vejo as coisas. Não gosto daquelas situações em que as pessoas têm sempre as portas de casa "abertas" para receber quem queira aparecer. E não gosto que quem visita sinta que pode aparecer quando queira, sem pré-aviso. Serei complicada?  

 

Talvez por uma questão de hábito, eu não sinta que tenha de estar sempre com as pessoas todos os fins de semana, sextas feiras ou domingos. Não gosto desta ideia de se ir sempre às mesmas "igrejas" em dias estipulados. E, mais do que isso, detesto ver a cara desanimada das pessoas a dizerem-me coisas como "Nesse dia não posso, porque é dia de estar com X." ou "Só se for domingo, porque sábado é dia de ir a casa de Y". Da mesma forma que o domingo não é dia de assado para mim - porque, caramba, eu posso fazer um assado quando quiser! - ou uma sexta feira não é dia de limpezas, também não tenho dias para estar, convidar, ir almoçar, jantar, passear ou fazer o que me apetecer com quem eu quero! Recordo-me de várias situações em que isto me revoltou na minha vida e sei, por isso, que é uma coisa muito minha.

 

Se isto para mim é claro e inquestionável, para algumas pessoas à minha volta não o é. E isso gerou, no início da nossa relação, uma certa confusão ao J., por exemplo. Ele é uma pessoa de um meio pequeno, onde toda a gente conhece toda a gente e onde uns têm por hábito ir e estar nas casas dos outros, sempre que há tempo disponível. Eu sou de um meio mais citadino e estou habituada a aproveitar os tempos livres à minha maneira e a comunicar com família e amigos muito por telefone, mail, etc.. É raro reunirmo-nos pessoalmente, mas estamos sempre em contacto uns com os outros, caso seja necessário algo ou apenas apeteça conversar. Sou extremamente dedicada às pessoas que amo e não sinto que, ao fazer isto, esteja a falhar no que quer que seja - eu estou sempre "lá".

 

Em termos de laços, estamos iguais. A questão aqui é que eu, pela minha forma de estar, sou entendida, por vezes, como estando mais afastada, quando, no fundo, estou apenas a ser eu mesma. Não gosto de estar sempre metida na casa dos outros, nem de estar sempre com toda a família, nem de ir sempre aos mesmos sítios, nem de viver quase com um planeamento dos meus tempos livres (que, assim, o deixariam de ser). Felizmente, e apesar de não ter sido fácil, o J. compreendeu que isto nada tinha a ver com a forma como eu via as pessoas, mas apenas com a minha forma de estar na vida.

 

Agora, com o passar da idade, tenho cada vez mais vontade de fazer convívios em nossa casa, em vez de na casa dos outros. Sempre fui caseira, mas a idade - ou as hormonas! - fazem-me, aos poucos, querer ficar cada vez mais no meu "ninho" e receber aí, de braços abertos, todos os amigos e familiares de quem muito gosto. No entanto, penso que nunca conseguirei atingir aquele estado - que muitos acham bem , mas eu não - de "estou sempre disponível para vos receber!", "Mi casa es su casa" e por aí fora. Isso é coisa que nunca conseguirei digerir ou adaptar à minha vida. Se há lugar que preservo muito é o nosso canto, o nosso lar e nele todos serão bem vindos, sempre que os convidarmos para tal ou necessitarem do nosso apoio. Estaremos sempre de braços abertos para quem mais precisar de nós. Mas isso não quer dizer que a nossa casa vá pelo mesmo caminho. 

 

 

24 de Fevereiro, 2016

Sou uma multifacetada. Perdão, sou uma "multitasker" (Para parecer mais fina.).

Joana

Ontem, ao final do dia, estava estourada. Mal conseguia pensar ou falar, de tão exausta que estava. Dei por mim a refletir sobre o meu dia e cheguei à conclusão que, durante 14h fiz - como faço praticamente todos os dias - milhentas coisas ao mesmo tempo e desempenhei vários papéis. Sinceramente, às vezes, até me questiono como consigo fazer tanto. Não admira que o meu cérebro fique esgotado ao fim de tantas horas ativas, sem pausa. É a gestão da empresa, é a preparação das aulas, é a preparação de projetos de formação, é pensar em procurar vias complementares de trabalho docente, é candidatar-se, é fazer as compras para a casa, é gerir os compromissos da família, é preparar os jantares e almoços para levar, é tratar dos problemas da casa, é falar com condomínios, é tudo isto e mais ainda... e, no final, ter um sorriso na cara e uma capacidade de estar bem com quem nos ama e só pode estar connosco ao fim do dia, acrescida de um super poder extra de ouvinte e conselheira, para poder orientar quem mais precisa de nós. Sim, ser mulher não é fácil. Neste aspeto, os homens têm de dar a "mão à palmatória" - por muito que trabalhem, nunca terão estas responsabilidades todas às costas. Não é nada fácil, garanto, mas ver tudo a andar também dá um prazer dos diabos (o que não serve de desculpa para não poderem fazer mais, rapazes!). Tudo o resto sofre um pouco (a minha rezinguice ganha proporções extremas, ao final do dia, por exemplo), mas são os custos de se viver com uma multifaceta... perdão, uma multitasker. 

 

 

 

23 de Fevereiro, 2016

Hoje fui a uma entrevista de emprego. Mais valia não ter ido.

Joana

Mais especificamente, na área da Educação. E concluí que este país vai ter, daqui a uns 10 anos, uma camada da sociedade constituída por uma geração formada à pressa - ainda me questiono com pressa de quê, mas enfim... -, sem valores importantes incutidos, sem noções de responsabilidade, respeito e gratidão, sem condutas morais corretas e com muito pouca consideração pelo próximo. A culpa não é dos que hoje são jovens; é, sim, de quem tudo lhes permite e lhes oferece "de bandeja" e ainda lhes paga para se formarem em tempo recorde. Fiquei parva com o que vi e ouvi. São os próprios responsáveis das instituições de ensino que nos pedem a nós, professores, que, aceitando a proposta que nos está a ser feita no momento, tenhamos consciência de que não estamos ali para ensinar, mas apenas para "enganar", o que, traduzido, significa algo como "domar feras", que mais não são do que uns quantos gatinhos armados ao pingarelho, a quem faltou algum amor e muitas regras. Obviamente, recusei. Nem que a contrapartida fosse a melhor do mundo, sei que nunca, em tempo algum, conseguiria levar um "projeto" (??) destes avante. Já para não falar que os professores são "carne para canhão", nestes contextos.

É demasiado mau em todos os aspetos e envergonha-me, enquanto professora e enquanto ser humano. Sinto-me revoltada com este país e com o rumo que as coisas levam.

Se as pessoas soubessem apenas metade do que se passa nestes meandros....

 

22 de Fevereiro, 2016

É segunda feira para todos.

Joana

Por isso, e para começarmos esta semana a (sor)rir, vamos lá concentrar-nos neste diálogo matinal entre mim e o J., minutos depois de o rádio despertar com a música "Chico", da Luísa Sobral.

Ouve-se de fundo: "Ó Chicooo, ó ó ó ó Chicooo... onde te foste meter?"

Comentário do J.: "No nariz da Luísa Sobral, claramente."

 

E pronto, assim vos deixo, até novo post.

Bom início de semana a todos!

 

 

 

18 de Fevereiro, 2016

Isto nem é um post.

Joana

Tenho muitas ideias sobre o que escrever e apetece-me estar aqui a partilhá-las convosco. No entanto, também tenho uma enxaqueca daquelas, que me resolveu visitar hoje e deixar todas as minhas boas intenções "de molho". A gerência pede desculpa e promete voltar com as suas já habituais e pertinentes (??) reflexões sobre o mundo que a rodeia, dentro de momentos.

 

 

17 de Fevereiro, 2016

O fenómeno das passadeiras.

Joana

Há pessoas que, de todos os sítios do mundo que existem para poderem estar à conversa com amigos ou pessoas que reencontram na rua, escolhem precisamente a zona da passadeira para o fazer. Passo a explicar: estas pessoas colocam-se a conversar calmamente com os seus interlocutores na zona do passeio que corresponde ao início/término da passadeira. Regra geral, eu, que me considero uma condutora atenta e sensata, e que paro (quase) sempre nas passadeiras para dar passagem aos peões, posso afirmar com certeza que cerca de 80% dos meus abrandamentos e paragens nesta situação são em vão. Normalmente, as pessoas mais idosas até resmungam por eu ter parado para lhes dar passagem, quando elas claramente (e eu não deteto logo de imediato, o que é incomportável) não estão lá para isso, e me fazem um gesto bruto de braços, como que a dizer "anda lá, mas é, que ninguém te mandou parar!". E não. Quem me manda a mim cumprir regras de trânsito e partir do princípio que uma pessoa que está de frente para uma passadeira tem a intenção de atravessar a estrada? Bolas para mim. Talvez seja eu que não compreenda estes meandros das relações humanas, mas será a zona da passadeira realmente assim tão aprazível para se estar ali numa amena cavaqueira? Bem, aparentemente é.

Deem-me mais uns 30 anos e eu depois dir-vos-ei qualquer coisa.

 

15 de Fevereiro, 2016

A melhor declaração de S. Valentim.

Joana

O J., do nada, dizer-me que eu vou conseguir ter muito sucesso, apesar de todas as minhas lutas e das adversidades que, agora, me parecem surgir no caminho, que vou ser uma professora devidamente reconhecida por toda a minha entrega e que vou ser selecionada para trabalhar num grande Colégio e ser feliz naquilo que faço melhor na vida - ensinar.

 

 

Palavras certas no momento certo.

Se isto não suplanta flores, chocolates e jantares românticos, não sei o que o fará.

 

 

 

15 de Fevereiro, 2016

Hoje só tenho uma coisa a dizer...

Joana

SOL!

 

A coisa que eu e o J. mais desejávamos, desde há muitos dias. E nem importa que o sol apareça apenas num dia de trabalho e que hoje seja segunda feira. Com a casa como a temos, a conjugação de sol e vento é a melhor coisa que poderíamos pedir. Que se mantenha assim por largos dias e contrarie a previsão, é só do que precisamos.

Façam figas!

 

 

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