Ontem de manhã fomos ao cinema com os nossos sobrinhos e decidimos ir ver o Zootrópolis. Quer dizer, o J. queria muito ver esse filme e convenceu os sobrinhos de que aquele era muito melhor que o Kung Fu Panda, que era o que eles, inicialmente, queriam ir ver. Claro que as crianças se deixaram influenciar e lá fomos. Fiquei feliz com a escolha, porque, mesmo sem conhecer os filmes, não estava muito virada para o Kung Fu Panda. E ainda bem.
O filme Zootrópolis é, verdadeiramente, recomendável! É bonito, tem uma excelente qualidade de imagem (está a chegar a um nível quase insuperável de ultrapassar, penso), tem as habituais excelentes lições de vida, tem a ternura dos filmes da Disney e é muito divertido! Ri-me bastante, em diferentes momentos, com diferentes personagens e situações, como não imaginava que fosse conseguir. E acreditem que há coisas que só os adultos irão entender, como uma cena com uma figura semelhante ao Padrinho. Muito bom mesmo, de ir às lágrimas! Saí da sala bem disposta, feliz e em jeito ritmado. Gostei muito, mesmo! Claro que, sendo um filme de animação, temos de ter um certo filtro para perceber que a sala estará cheia de crianças e que algumas coisas não serão as que mais agradarão a quem gosta de cinemas tranquilos (guilty!). Mas foi muito pacífico. Fomos ver a versão dobrada, naturalmente mais propensa a ser visionada por crianças mais pequenas e com menos paciência para aguentar uma hora e meia de filme, mas tudo correu bem. Só reconheci a voz de uma personagem, dobrada pelo famoso Lecas (quem nasceu depois de 1995, talvez já não entenda a quem me refiro...) e as restantes, não sendo conhecidas, fizeram, como sempre - há que dar real mérito às dobragens portuguesas que são, de facto, excelentes! - um bom trabalho.
A única coisa que me faz confusão no meio disto tudo é que Zootrópolis, à semelhança de filmes de animação como o Big Hero 6, por exemplo, tem cenas que podem assustar os miúdos e que não são assim tão tranquilas, o que me faz torcer o nariz à atribuição da recomendação M/6 a estes filmes. Há cenas à noite, com predadores, perseguições e afins e algumas crianças ficaram, de facto, com medo. São poucos segundos, mas basta para assustar. Claro que, para nós, adultos, e até para crianças mais velhas, a partir dos 12 anos, aquilo já não assusta, mas para mais pequeninos... hummm... não sei. Certo é também que havia muitas crianças com menos de seis anos a ver aquele filme e aí, como em tantos outros casos, trata-se de uma questão de maturidade... dos pais!
Por fim, resta-me dizer que a música da Shakira é, de facto, apropriada aos momentos do filme em que surge e que é feliz, à semelhança da história. Problema (ou não): é daquelas que fica colada e não sai da cabeça durante uns dias. Pelo menos, até agora, dura há umas 24h cá dentro. E, pelo menos no meu entender, não faz mal nenhum.
(Façam o teste, clicando na imagem abaixo. E vejam este filme, a sério!)
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