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Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

29 de Outubro, 2016

Sábado sem aulas.

Joana

Ah, que alegria! Chegam os fins de semana (potencialmente) prolongados e é ver os alunos a desmaracarem as aulas de sábado de manhã, porque têm "assuntos urgentes" a tratar. Cá por mim, se for muito de quando em quando, está tudo bem terem essas urgências. É a inha oportunidade derradeira de poder dormir até tarde num sábado, fazer tudo com calma, ter tempo para concretizar alguns planos, ir dar uma volta.... ahhhhh... Pois. Só que não.

 

- Acordei cedo, porque o meu sistema está habituado a despertar cedo.

- Tentei dormir e a insistência valeu-me uma dor de costas valente, para além de uma neura daquelas.

- O J. teve de sair cedo e, apesar de ter tentado não deitar nada abaixo e ser mesmo muito discreto, fez um barulho semelhante à queda de várias coisas ao mesmo tempo, em diversos momentos da sua manhã.

- Acordei maldisposta.

- Liguei o computador só para tratar de uns pequenos assuntos de trabalho.

- Estou há cinco horas a trabalhar frente a um monitor e acho que estou a ficar com uma dor pouco famosa no pescoço e uma tendinite na mão, à conta do touchpad.

 

Estou a ver que, quando for assim, mais vale assumir que, tendo ou não alunos, sábado de manhã é sempre um dia de trabalho normal. É que se eu insistir em desmenti-lo para mim mesma, as estrelas e o mais elementos que governam a nossa vidinha lá em cima tratam de mo lembrar e relembrar de formas bastante claras.

 

Resultado: pelo menos até às 16h ou 17h vou ter trabalhinho ao computador. E já tenho o Voltaren mesmo ao meu lado, pronto a entrar em ação. Ah, que rico sábado! Obrigada, meus caros alunos que estão, provavelmente, numa esplanada a apanhar sol e a apreciar o mar ou a acampar no Gerês. Obrigada.

 

 

27 de Outubro, 2016

Nós somos gente bonita. (Dizem)

Joana

O lema é "Gente bonita come fruta feia". E esse é, precisamente o nome desta iniciativa - Fruta Feia.

 

A Fruta Feia nasceu da ideia de criar um mercado alternativo para as frutas e legumes que, pelo seu aspeto menos lustroso e perfeitinho, acabam por ser rejeitados pelas grandes superfícies e terminam, muitas vezes, sem encontrar um destino por falta de escoamento. Isto, numa altura em que, mais do que nunca, é necessário lutar contra o desperdício alimentar e voltar a fazer renascer das cinzas a agricultura nacional.

 

Tomei conhecimento desta iniciativa através de uma aluna minha escocesa, que é bastante interessada por tudo o que possa fazer a diferença. E como isto o faz! Ao aderirem ao projeto, estão a apoiar o escoamento das frutas e legumes de produtores portugueses, especialmente locais, e, com isso, a promover a agricultura, a ajudar a economia e a combater o desperdício.

 

A forma de funcionamento é bastante simples e não exige mais de nós do que deslocarmo-nos aos centros de entrega dos produtos e pagar. É quase um "Click and Go", mas em versão "cheiro a campo" e sem terem de selecionar o que quer que seja de antemão, estão a ver?

 

Na passada segunda feira, dia 24 de outubro, o projeto Fruta Feia iniciou a distribuição de frutas e hortícolas em Matosinhos e nós fomos lá buscar o nosso primeiro cabaz. Ficámos bastante satisfeitos, devo dizer. Para além de tudo estar muito organizado, os voluntários serem bastante simpáticos e prestáveis e nada ter escapado, ainda trouxemos um cabaz com maracujás, maçãs, tomates, cebolas, couve branca, melão e abóbora por 3,5 Euros! E devo dizer que em nenhum dos produtos notei particular defeito que os impedisse, numa avaliação sensata, de serem comercializados numa grande superfície - coisa que me deixou a pensar ainda mais na quantidade de comida que se desperdiça neste país à conta de critérios muito questionáveis.

 

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O lado surpresa da coisa é nunca sabermos o que irá trazer o cabaz em cada semana, mas isso é facilmente contornável - em vez de se fazerem todas as compras ao fim de semana, fazem-se as pequenas compras do que falta, à terça. Se nada surgir em contrário, a Fruta Feia assume que nós iremos levantar o nosso cabaz todas as semanas, pelo que nem temos de pensar em entrar em contacto, reservar ou encomendar, sequer. É só passar por lá à saída dos trabalhos, levantar e seguir. Existem cabazes pequenos e grandes. Sendo nós apenas dois, o pequeno (com cerca de 4Kg) chega perfeitamente.

 

A Fruta Feia existe em diversas partes do país e o sucesso tem vindo a ser tal, que se prevê ser alargado a muitas mais regiões e cidades. Estejam atentos e, se vos interessar, consultem o site deles, que vale bem a pena!

 

Nós gostámos muito do conceito e sentimo-nos particularmente bem por estar a contribuir para ajudar várias causas ao mesmo tempo. E, garanto, tudo é tão ou mais saboroso do que aquilo que compramos nos supermercados. Experimentem e vão perceber que tenho razão, para além de se tornarem pessoas (ainda) mais bonitas! :)

 

 

Adenda e nota importante: Alguns bloggers e pessoas mais dentro do assunto do que eu alertaram-me para o facto de que todas as quintas feiras é lançado no site da Fruta Feia o conteúdo do cabaz da semana seguinte. Novidade para mim e da qual não me apercebi na primeira semana, mas importante para quem gere a componente da gestão alimentar lá de casa. Peço desculpa pela informação errada que prestei no post acima, ao falar em "fator surpresa". Obrigada pelo esclarecimento que me prestaram a mim e a quem me lê! :)

21 de Outubro, 2016

Da natalidade.

Joana

Ontem recebi, de mais uma pessoa próxima - desta vez, no domínio profissional - a notícia da sua gravidez. Como é meu apanágio, perdi, no momento da notícia, todo e qualquer filtro e fiquei extasiada de alegria. É algo que não consigo conter e que algumas pessoas que me conhecem menos bem, poderão até não entender, mas desde sempre fui assim. Emociono-me imenso com essas notícias quando vêm de pessoas de quem gosto e não consigo deixar de o mostrar. Fiquei com os olhos a brilhar durante imenso tempo, de tal forma fiquei feliz. Do outro lado, uma alegria imensa de quem tentava há mais de um ano consegui-lo e vai ser mãe de primeira viagem e uma preocupação constante com o não querer falhar com os compromissos profissionais que tem comigo e com a empresa. É bom ter pessoas destas comigo, de facto. E é super bom ter a notícia do primeiro bebé da nossa equipa. Estou radiante!

 

 

18 de Outubro, 2016

Não quero polémicas, que isto é um espaço de saudável tertúlia. De acordo?

Joana

Eu tenho muita dificuldade em acreditar em certas coisas que certos (não estou a generalizar, atenção!) psicólogos dizem. Regra geral, e talvez por ser muito objetiva, consigo analisar comportamentos dos meus alunos de forma clara e torço bastante o nariz a diagnósticos imediatos destes profissionais que - confesso - me custam, muitas vezes, a aceitar. Não porque não perceba do assunto (não sei se sim, ou se não, sou sincera...), mas porque francamente me parecem muito desfasados da realidade. Chego à conclusão que, muitas vezes, as cabeças de pais e alunos são levados a aceitar algumas verdades, sem que estes questionem o que lhes é dito. Por muito que haja bons psicólogos e profissionais com excelentes capacidades de análise, que fazem um uso extensivo dos instrumentos de que dispõem - e há-os de facto -, existe também, e mais do que nunca, um moda associada a esta profissão. Parece-me que, neste momento, as pessoas perderam o interesse e curiosidade em questionar o que lhes é dito e aceitam cegamente os diagnósticos que neste âmbito, como em qualquer outro, podem ser precipitados, errados e, sobretudo, sugestionados. Dito isto, e porque não posso partilhar uma experiência profissional que exemplificaria na perfeição esta minha tese, deixo apenas a minha impressão atual. Cada vez mais, sinto que o facto de antes não haver o que hoje há em termos de doenças diagnosticadas destes foros pouco tem a ver com o desconhecimento de então, mas mais com excesso de informação em que hoje se vive. E, como em tudo na vida, o que é demais é erro. Aqui não é exceção. Houvesse mais tempo, calma, disponibilidade, atenção e, sobretudo, sensatez, e tudo seria mais objetivo e fácil de gerir, tratar ou ajustar.

 

 

18 de Outubro, 2016

Dormi 3h.

Joana

E, desde que acordei, já fiz mais "mixes" de palavras que um DJ de renome internacional. Para além de estar convencida de que hoje é quinta feira e estar a confirmar aulas em horários trocados.

 

Acho que não preciso de dizer mais nada.

 

17 de Outubro, 2016

Quando ser adulto toma conta de ti.

Joana

Esta coisa de ser uma pessoa adulta não é tão bonita como pensaríamos, antes de cá chegar. Por muito organizados que sejamos - e, pelo menos por aqui, essa organização (que nem sempre é possível) é constantemente tentada - há sempre algo ou alguém que aparece, sem que se conte, e que compromete quase tudo o que pudesse estar planeado.

Ultimamente, sobretudo por bons motivos, as coisas têm-me/nos ocupado tanto tempo, que sinto que, por vezes, não me consigo organizar devidamente e atuar em todos os planos em que desejaria atuar. Nste momento, a parte recreativa da minha vida está posta um pouco de lado, em função das obrigações e, pasme-se!, não me afeta particularmente que assim seja. Pelo menos, por agora. [Olha eu, que sempre defendi que há que haver um equilíbrio entre tudo!] O retorno está a ser bom e, por enquanto, anima o suficiente para dar força para avançar. Não são ainda os novos projetos, mas são os de sempre que estão a ser limados e a começar a trazer uma compensação para a qual há muito trabalho. Estou cansada, mas ando feliz. Não tenho tanto tempo para o blog, porque me desorganizei - confesso! - nesta pequena parte da minha vida, que contempla o meu Verde Vermelho, a leitura, as viagens e algum do meu lado social. Não hibernei em modo "bicho do mato", apenas estou a concentrar o foco num objetivo mais direto. Estou por cá. Vou tendo ideias para escrever, mas falta-me algum tempo. Mas isto vai ser coisa para se curar num instante. A minha consciência pesa quando falho este meu adorado canto e as pessoas que me seguem e que, por serem de extremo bom gosto, não me falham! :) E vá lá, perdoem aqui a adulta, que nem sempre vê tudo com a alegria e leveza que deveria. Ela, no fundo, no fundo, não é má rapariga.