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Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

28 de Novembro, 2016

FI-NAL-MEN-TE acabaram as Black Fridays!

Joana

Era por todo o lado. A toda a hora. Já não conseguia aguentar mais. Era na rádio, na televisão, nos emails, nas SMS, nos cabeçalhos das páginas de notícias, em todas as redes sociais, em vídeos, em fotos, em TUDO! Raios partam estas americanices, digo-vos! Detesto estas coisas. Questiono-me, antes de tudo o resto, como é possível tantas pessoas terem tanto tempo disponível para irem a toda a superfície comercial fazer compras. Ninguém estava a trabalhar sexta feira passada e eu não dei conta? Nem que me pagassem me veriam lá nesse dia, acreditem. Não dá para mim.

 

No entanto, no meio disto tudo, e já de cabeça fria, chega-se a boas conclusões:

 

- há muito mais dinheiro do que se pensa que há;

- há muito mais poder de compra do que se pensa que há;

- há muito mais pessoas que não trabalham e, mesmo assim, recebem do que se pensa que há;

- há muito menos noção de poupança do que se pensa que há;

- há muito mais "cegueira" do que eu alguma vez pensei que houvesse.

- sou a única pessoa a pensar que se poupa sempre mais se não se gastar de todo, mas rapidamente o mundo me faz crer que estou errada.

 

Não digo que não tenha havido quem comprou bem, ou que soube fazer tudo com a devida cautela. Mas ouvir uma funcionária de caixa de uma empresa de restauração que está dentro de um centro comercial a dizer que nunca faturaram tanto no ano, como naquele dia, é capaz de dar uma noção mais real das coisas. No meio disto tudo, só tenho a dizer uma coisa: COITADAS das pessoas que trabalharam nos shoppings nesse dia. Nem imagino o dia delas.

 

 

23 de Novembro, 2016

O mundo é muito mais simples do que nós pensamos.

Joana

"Estou a precisar de férias. Daquelas mesmo boas. Mas no calor."

 

Em resposta a um desabafo deste género, um aluno meu disse-me que eu poderia passar o sábado e domingo junto a um aquecedor. Sem ironias, sarcasmos ou provocações - disse-o, com o mais puro sentido de ajudar.

Se ainda restam dúvidas, elas dissipam-se nestes momentos - ser criança é simples e há sempre uma solução para tudo, mesmo ao nosso lado. Neste caso, literalmente.

 

 

19 de Novembro, 2016

Vamos lá então falar do Spotify "gratuito".

Joana

 

 

Comecemos por explicar as aspas na palavra "gratuito". É certo que a aplicação é descarregada sem custos associados, é certo que não nos cobra mensalidades, mas já não é tão certo assim que valha a pena. Vejamos. Esta versão do Spotify obriga-nos a ouvir o rapazinho ou a rapariguinha a dizer "Assiste a este curto vídeo de 30 segundos e ganha 30 minutos de música, sem publicidade pelo meio". Até aqui, tudo bem. A pessoa até está disposta a ouvir aqueles segundos só para poder depois usufruir da música que lhe apetece ouvir naquele momento. A questão aqui está no facto de a fala do/a próprio/a rapazinho/rapariguinha demorar, só ela, 30 segundos. Ou seja, já vamos em 60 segundos. Não bastasse, o/a rapaz/rapariga são tão simpáticos, que nos agradecem por termos esperado o tempo do anúncio. Coisa boa, esta de se ser grato. Escusavam era de ser gratos durante mais de 30 segundos. Ou seja, levamos com quase dois minutos de "enche chouriços". Mas pronto, depois somos recompensados com 30 minutos de pura música, sem interrupções e... não, não somos. Os tais "30 minutos de música sem anúncios" nunca são mais de 20. E há lá coisa mais bonita do que estar a ouvir música clássica, instrumental, pop, rock, o que seja... e levar com um anúncio de Philadephia alho e ervas! Enfim, opções de quem é pobre. O Spotify gratuito, não o Philadelphia.

 

Esta malta do Spotify deveria reconsiderar a estratégia e pensar que, ao maçarem assim uma pessoa, em vez de conseguirem que ela mude para o Premium, podem levá-la a querer eliminar de vez a aplicação. Eu já estive mais longe de o fazer. Mas eu nem como Philadephia, deve ser por isso.

 

17 de Novembro, 2016

A pior "sopa" que comi em toda a minha vida foi...

Joana

esta (se é que lhe podemos chamar sopa):

 

 

Estava lá em casa porque resultou de uma compra por curiosidade e por ser movida por aquele espírito típico de "pode haver um dia em que estejamos mais apressados e não haja sopa feita e tal e tal e tal...". Foi um dinheiro bastante mal gasto. É enjoativa, sabe a químicos por todo o lado e tem muito pouco que se possa associar ao conceito de sopa. Melhor do que a minha rejeição é a prova dada pelo J., amante de todo o tipo de sopas, que não a conseguiu comer até ao fim. Melhor do que isto para provar um ponto de vista, é difícil.

 

E vocês, já experimentaram? Gostam deste tipo de sopas?

 

[Ainda há de chegar o tempo em que vou provar uma destas "sopas" e gostar. Acho...]

 

 

15 de Novembro, 2016

Do cupcake ao éclair.

Joana

É impressão minha, ou a moda dos cupcakes - bolo sobejamente sobrevalorizado, que mais não passa de um queque - deu agora lugar à moda dos éclairs - bolo pouco interessante, que muito poucas pessoas que conheço apreciavam, normalmente por desconfiança em relação ao creme? Alguém já reparou nisto ou eu é que busco inconscientemente tudo o que é doce, faz mal e contribui para que eu tenha que tomar Danacol não tarda nada?

 

 

14 de Novembro, 2016

"A minha mãe cozinha melhor que a tua"

Joana

Vi no sábado passado, pela primeira vez, este programa, por acaso. Gosto bastante da Filipa Gomes, do 24Kitchen e o facto de fazer parte do júri aliciou-me a dar uma vista de olhos. Não sei se já alguma vez viram, mas basicamente os concorrentes - pessoas conhecidas, da praça - que não sabem cozinhar, fazem-no por indicação dos filhos, que estão mesmo ao lado delas, sem poder ajudar com as "mãos na massa", mas dando todas as indicações de como os pais (neste caso, mães) devem fazer para preparar um dado prato. O conceito é engraçadinho e tal, mas não me consigo abstrair do facto de haver mulheres que não sabem cozinhar. Desculpem-me e as feministas e demais apoiantes desta equipa, mas, por muito que respeite as opções de cada um, não consigo mesmo entender como se sente bem uma mulher que não sabe o que é "refogar" ou sequer saiba como se corta uma cebola às rodelas. Entendo que não saibamos fazer todos uma feijoada à transmontana, mas pelo menos o mínimo considero que todos - mulheres e homens - se não por outros motivos, por subsistência, têm de saber. E por isto tudo não consigo apreciar este programa, porque sinto que se faz baseado no desconhecimento e, pior, na falta de interesse em conhecer, que, ainda assim, me parece o pior de tudo. Bem, talvez o pior de tudo seja o orgulho com que mães apresentam, à frente dos seus filhos e colegas concorrentes, os "seus" pratos cheios de arroz por cozer, molhos sem tempero e refogados queimados, mas disso nem vale a pena falar.

Não gostei. E vocês, que me dizem? Já viram? O que acham?

11 de Novembro, 2016

Depois desta semana...

Joana

... hoje vou empanturrar-me de castanhas! Receio efeitos colaterais (não levar vocábulos demasiado à letra, por favor!), mas é São Martinho, eu tenho castanhas gordas em casa e estou com uma neura que merece isso e muito mais!!

 

 

Venham a mim, castanhinhas!

 

(E depois, como sou fraquinha e não gosto de bebidas alcoólicas, sou menina para beber um Ice Tea de Limão ou algo do género, a acompanhar. Segurem-me, que estou a ficar uma rebelde!)

 

 

Bom São Martinho a todos!

11 de Novembro, 2016

Do meu caro Leonard Cohen...

Joana

..., que me acompanhou, pelas mãos do meu pai e do nosso antigo gira-discos, pela minha infância e adolescência, só posso lamentar a sua viagem deste mundo. Por cá ficam muitas boas memórias e, entre tantas excelentes músicas e uma voz profunda e distinta, fica também uma carta de amor e cumplicidade, que fala de princípios e fins e que me marcou desde sempre. Hoje foi mais um fim.

 

 

Dance me to the end of Love

 

Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic 'til I'm gathered safely in
Lift me like an olive branch and be my homeward dove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
 
Oh, let me see your beauty when the witnesses are gone
Let me feel you moving like they do in Babylon
Show me slowly what I only know the limits of
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
 
Dance me to the wedding now, dance me on and on
Dance me very tenderly and dance me very long
We're both of us beneath our love, we're both of us above
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
 
Dance me to the children who are asking to be born
Dance me through the curtains that our kisses have outworn
Raise a tent of shelter now, though every thread is torn
Dance me to the end of love

 

 

 

Uma perda lamentável, mesmo.

 

09 de Novembro, 2016

A sério, já chega de Trump.

Joana

Porque todos acordámos de boca aberta, neste lado do mundo.

 

Nós temos o nosso próprio criminoso que se entrega no mesmo dia da eleição de Trump como presidente dos Estados Unidos da América e nem lhe damos atenção. Nós, portugueses, povo pequenino em tantos aspetos, fomos grandes ao conceber toda uma história de perseguição em busca de um criminoso e, ávidos que estávamos de uma captura à Saddam Hussein, ficámos todos atentos ao fugido Pedro Dias, que espalhou o pânico entre tantas aldeias do interior. Nós temos um criminoso de renome internacional. E nós estamos mais atentos ao criminoso eleito num país que nem sabe que existimos. Percebo. Eu própria relativizei a questão do "Piloto".

 

Mas não temam, minhas pessoas, este tipo é mau, muito mau para a Humanidade (o Trump, não o Pedro Dias). É um misógeno, um déspota e um racista intolerável. É um asco total e defende ideias opostas a tudo o que tem na sua família direta. É um perigo para este Mundo. Mas já houve iguais ou piores disfarçados em "pele de cordeiro" e nem por isso o mundo como o conhecemos se desgraçou por completo. Tenho para mim que isto ainda vai dar uma grande volta e que, provavelmente, não aguenta muito tempo. Veremos. Por agora, acho que devemos apenas reter a ideia de que grande parte dos americanos é, de facto, gente muito mal formada e, por isso, extremamente influenciável; de que o Trump deu um "tiro no pé", ao instigar o ódio contra as minorias multirraciais, quando, daqui a 30 anos, serão elas a maioria no Estados Unidos da América; e sobretudo, que devemos todos tomar um Xanax e deixar que esta estalada deixe de fazer efeito nas nossas caras, porque o erro está feito e amanhã será um novo dia - para o bem ou para o mal. E sim, para o Pedro Dias, também.

 

 

 

08 de Novembro, 2016

E vai mais um filme... Masterminds!

Joana

Como hoje é dia de comédia / tragédia do outro lado do Atlântico, vamos desanuviar um bocadinho e falar de coisas que nos abstraiam do pesadelo que estará para começar. Acho que cinema é um bom meio para o conseguirmos.

 

Não tenho andado muito atenta ao cinema, confesso. Às estreias, aos prémios, às críticas... a nada, praticamente. Apesar disso, e numa passagem rápida por um canal, vi há tempos uma entrevista da atriz Kristen Wiig e do ator Zach Galifianakis e fiquei alerta para algum filme que estivesse para estrear, que tivesse os dois atores a contracenar. Fã que sou do tipo de humor dos dois, fiquei entusiasmada, mas pensei que a coisa ainda fosse novidade lá fora e, como é tradição, demorasse a chegar aqui ao nosso canto. A verdade é que nunca mas pensei nisso e, entre os stresses e ansiedades do dia a dia, deixei que este assunto "morresse". Outro dia, mais uma vez do nada (estamos a ficar uns impulsivos, nós!) resolvi sugerir uma ida ao cinema. Fomos ver o que havia em cartaz e lembrei-me deste tal filme, sem ter ideia do nome. Depois de muito o ter tentado encontrar nas principais páginas de salas de cinema do Norte, lá vi que o filme ainda tinha resistido numa delas - a única, aparentemente. Estava decidido - se havia coisa de que precisávamos era de rir e não pensámos duas vezes.

 

 

Se o nosso objetivo era rir, foi totalmente cumprido - rimos MUITO, até quase às lágrimas em certas situações. Masterminds - Golpada de Mestre é um filme sobre um totó que se deixa enganar por uma mulher e leva a cabo um assalto, por amor. Simples. Mas claro que acaba por não ser tão simples assim. Há uma noiva muito estranha pelo meio, um amor não correspondido, um plano e uma fuga. E mais não digo. Os atores são ótimas escolhas (como eu previra), a história é engraçada, o humor físico é excelente, e não consigo sequer dizer de que personagem gostei mais. São todas diferentes, cómicas e bem construídas. Gostamos particularmente deste tipo de humor menos apalermado e mais inteligente, com bastantes segundas interpretações Só vos digo que é muito bom e que vale mesmo a pena! Não será necessariamente um filme para se ver no cinema - até porque, para além de já quase não estar em exibição, as vossas risadas podem ser tão duradouras, que se esticam para a cena seguinte e incomodam quem também lá está e não vive a coisa com o mesmo espírito. É um belo filme para se ver num dia frio de inverno, debaixo de uma mantinha e com uma bebidinha quente e uns biscoitos, não se preocupem. Cuidado é para não se engasgarem, que a história, em certas partes, dá mesmo para isso.

 

Vão por mim e vejam! Não fica nada atrás de Ressacas e afins. Se entretanto já viram, digam coisas!

 

[A cena final do filme faz-me rir mesmo muito. Mesmo agora, quando me lembro dela. Não tem nada de mais, não deve ter sido muito pensada, mas eu não consigo evitar. Sou capaz de me rir sozinha, só de pensar nela. Como agora.]

 

 

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