Vamos falar do Festival sem falar do Salvador?
Tudo o que é demais, enjoa. E tudo o que se tem falado do Salvador, por muito justo que possa ser, já começa a enjoar. Já me parece que é chegada a altura de fazer uma pausa, porque há mais vida para além deste marco. Já chega e acredito que não seja a única que revira os olhos e pega no comando da televisão, sempre que chega mais uma reportagem, Grande Entrevista ou o mais que o valha sobre o rapaz. Nada contra ele - não é a pessoa mais correta de sempre, mas o politicamente incorreto também cai bem por vezes e até é necessário, para servir de exemplo. É mais por nós. E por ele no fundo, porque me parece que também agradeceria uma pausa nesta "máquina" que o rodeia.
Enfim, Salvadores à parte, o Festival da Canção deste ano foi, na minha opinião de fã da Eurovisão, bastante bom em qualidade. Bem sei que a minha condição de "adepta da modalidade" pode estar a toldar, de alguma forma, a minha opinião, e que o facto de conseguir apreciar quase todos os tipos de música (à exceção de eletrónica e de tudo o que contenha a palavra "progressivo") também pode contribuir, mas achei MESMO que havia músicas boas. Tirando a nossa, e em géneros completamente diferentes, destaco estas três:
Anja - Were I Am (Dinamarca)
A miúda é gira, a música é gira, a miúda tem um vozeirão, a música fica no ouvido.
Toma, Lara Fabian! Tens substituta.
Adoro!
Blanche - City Lights (Bélgica)
A rapariga tem um ar de tédio que impressiona, mas a música é muito diferente, também muito pouco "festivaleira" e há aqui um lado negro qualquer que, aposto, vai ser trabalhado por alguns Dj. O jogo de luzes na apresentação ao vivo foi espetacular e a música ficou. E a voz da moça é estranhamente apelativa. Se tiverem oportunidade, vejam o vídeo oficial - a música ganha mesmo outra dimensão.
Lucie Jones - Never Give Up On You (Inglaterra)
Esta foi a atuação da noite, para mim. Eu adoro esta música, a letra e o sentimento com que a Lucie Jones a canta é qualquer coisa. Ela transporta-nos completamente para si e parece estar a cantar aquilo com a alma toda e mais alguma. Acho que é impossível ver esta interpretação e não ficar arrepiado. É uma das minhas músicas do momento por muitos motivos e, muito provavelmente, vai ser outra a ser "trabalhada" por bons DJ. Se tiverem a oportunidade de ver o vídeo oficial, podem aperceber-se melhor da qualidade de que vos falo (mais, ainda assim, a atuação ao vivo ganha pela "alma").
A sério, percam/ganhem um pouco do vosso tempo e ponham lá os vídeos a correr. Bem sei que muito poucos serão os que vão seguir o meu conselho, mas pronto. Não digam que não vos tento mostrar coisas boas e bonitas (refiro-me às músicas!).
E vocês? Ligam alguma coisa a isto? Há Eurofãs por aí? Quais as vossas oponiões e preferências?