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Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

30 de Junho, 2017

Eh... desculpe... acho que se enganou na morada!

Joana

Acabo de receber um email de uma produtora televisiva a convidar-me a realizar uma ação de publicidade à minha empresa num dos seus canais nacionais.

Sim, eu.

Sim, a minha micro empresa.

Sim, li e reli bem a mensagem.

Não, não foi engano.

 

E sim, é um valor absurdamente exorbitante.

 

Pronto, acho que o meu dia já pode seguir, com a leve sensação de que devo estar a levar bem a coisa, para chegar a este ponto. Na minha vida, e através da empresa que giro, já tive direito a entrevista num jornal de circulação nacional, a uma reportagem na televisão e agora isto. Se não por mais, sinto-me bem por ser digna de nota.

 

 

 

 

 

 

 

29 de Junho, 2017

Sim, nós também temos vida pessoal.

Joana

Quem tem empresas por sua conta sabe do que falo. O momento em que o telemóvel fixo deixou de fazer parte da realidade das micro-empresas e deu lugar ao telemóvel corresponde ao exato momento em que as pessoas perderam a sensatez e a noção do razoável. Os clientes pensam que pelo facto de haver um telemóvel como contacto oficial da empresa, deixa de haver limites para se poder ligar. Todos os assuntos ganharam um caráter de urgência que, regra geral, nunca têm. Deixou de haver respeito e limites. Não raras vezes me ligam aos domingos e feriados, o que me deixa a mim e ao J. nas horas. Ontem foi o cúmulo: ligaram-me à meia noite e vinte, já eu dormia. Perante este estupidificante estado das coisas, só há uma atitude a tomar: ensinar e aprender a mal. A nova realidade obriga, por isso, a que a montanha vá a Maomé. Se há quem tenha perdido a noção e o respeito pelo trabalho dos outros, teremos então de ser nós, desde lado, a dar essa "lição", desligando os cartões da empresa ou ignorando, simplesmente, todos os contactos fora de horas. Custa, mas a bem da nossa saúde, calma e vida familiar, temos de ser mesmo inflexíveis neste ponto.

 

Acho o ponto a que chegámos um absurdo total, mas não posso agir de outra forma. Nem sabendo que não estaremos a trabalhar em certos dias, as pessoas se coibem de contactar. Felizmente, a minha objetividade e sensatez não me fazem dizer sim a tudo e a aceitar chamadas a qualquer dia e hora apenas pela fome de clientes. Mas acredito que haja quem o faça. Em momentos menos favoráveis, é tentador. Mas estamos num estado tal, que se a regra não for imposta por nós, não é respeitada por ninguém.

Nunca há uns anos imaginaríamos este cenário. Mas é atual. E bem menos lírico do que se possa imaginar. É mais  um dos lados menos doces da tecnologia. E de sermos empreendedores, no fundo.

 

 

 

26 de Junho, 2017

Isto já não é como costumava ser e ninguém me avisou de nada.

Joana

Este fim de semana foi bastante atípico, por conta do São João e de uma pequena surpresa preparada para o marido, de que vos darei conta daqui a alguns dias. Por este motivo, dormimos três horas de sexta para sábado - lembrando que na sexta feira foi um dia de trabalho de dez horas e que no São João se andam quilómetros a pé. Se no sábado o processo de despertar já foi, por si só, complicado e a minha melhor amiga foi a maquilhagem (pobres dos  homens...), o final de sábado foi... custoso. Muito custoso. Nós já nem nos segurávamos de pé, de tanto sono e cansaço que tínhamos. As nossas olheiras chegavam aos calcanhares e parecíamos uns velhos, sem energia para nada e a arrastar os olhos e as palavras. Ainda como consequência desse estado, tivemos um ataque de riso no metro, o que nos fez parecer estar sob o efeito de uma qualquer substância estranha. Resultado: chegados a casa, depois de uma sopinha, caímos redondos na cama e dormimos umas valentes horas. Eu, 10. O J., 13. Sim, treze horas!

 

O domingo foi passado em modo "ressaca", com uma sensação de peso no corpo e a cabeça mesmo muito aérea. E não bebemos álcool, nem fumámos nada estranho. Foi "só" pela falta de sono.

 

E esta segunda feira? Estou cheia de sono (original) e com dores de cabeça.

 

Parece que as nossas cabeças aos trinta e alguns já confundem poucas horas de sono com diretas. E sem filhos na equação. Está bom. Pobrezinhos de nós. Nem para isto temos estofo.

[Caramba...]

 

 

22 de Junho, 2017

E quando amar não chega?

Joana

Estou, neste momento, a ser testemunha de um casamento que está muito perto do seu fim. Não é o meu, não. Mas é o de alguém que conheço bem, com quem já partilhei muitos anos da minha vida e que está cansada de lutar. Está exausta de tanto tentar e de se esforçar continuamente para que a outra parte não deite a toalha ao chão.

Pausa.

Só aqui falha o conceito, penso. Ninguém tem de lutar pelos dois. O casamento é um compromisso de duas pessoas que têm o mesmo propósito e foco. Se uma delas deixa de os ter, então a batalha começa a desenhar-se fatal.

 

 

 

Falávamos há dias sobre o assunto e esta pessoa dizia-me que sempre tinha dado o seu máximo - e acreditem que fez mais do que até a própria achava ter feito - e que, do outro lado, havia uma espécie de aceitação pacífica desse empenho, sem grande gratidão visível ou gestos que provassem um particular reconhecimento. Parecia que era suposto ser assim. Mas não era, nunca é. Nada deveria ser "suposto" num casamento. Tudo se deve construir e esclarecer e nada deve ser subentendido. E se o for por acaso, que seja de imediato clarificado o que agrada e desagrada e o que deverá, para aquele casal, ser "suposto" para a sua vida funcionar.

 

"Eu amo-o" - diz-me esta pessoa. Sim, mas o tom com que a expressão lhe sai da boca já não carrega paixão e entusiasmo de outrora - o que até seria natural, porque esse "fogo" se vai desvanecendo, mas em vez de dar lugar a um amor sólido, deu espaço a um desencantamento e a uma sensação de desistência. Ama-o, mas com um tom de voz carregado de hesitação e alguma condescendência.

 

"E se amar não chegar?" - pergunto eu. E fez-se silêncio.

 

Amar, de facto, não chega. O amor sozinho nunca chegará. Há que haver cedência e entrega das duas partes. É preciso entusiasmo e respeito. O outro tem de ser uma prioridade e se o nosso "amor" por esse outro falhar e o entusiasmo de estar com ele se desvanecer, então que o respeito não falhe e que haja a sinceridade para dizer a verdade e para abrir caminho à felicidade de quem já se amou.

Para mim, que sou uma eterna romântica, é difícil aceitar estas mudanças súbitas de caráter - ou, grande parte das vezes, apenas o verdadeiro eu a vir ao de cima, depois de anos disfarçado atrás de uma máscara - e faço por acreditar que há fases mais complicadas, que são intensificadas pelas rotinas e pelos cansaços. Por outro lado, por mais otimista que seja, sou também bastante racional e entendo que, muitas vezes, amar não é suficiente. Aliás, até é muito pouco.

 

Uma das coisas que mais me impressionou nesta conversa que tivemos foi a noção da aceitação. A pessoa com quem falei está "a aguardar" pela decisão do outro, algo que nem consigo conceber, mas está a encarar bem a ideia que um divórcio estará a caminho. Não há filhos, o que ajuda ao processo, mas nem assim consigo entender esta tranquilidade. No entanto, valorizo, de facto, a capacidade dela de ver que as coisas não funcionam, que um pode estar a empatar o outro e que ambos merecem ser felizes. Talvez por saber que dificilmente conseguiria lidar com uma situação semelhante da mesma forma, tenho-me sentido um pouco abalada com esta notícia, mas compreendo quem tem a sensatez e a objetividade para ver o casamento como uma história que tem o seu início e que terá um fim bem fechado, em paz e sem espaço a recomeços, quando as coisas começam a não funcionar.

 

Eu ainda acredito no casamento. No amor e em tudo o que alimenta o amor. Ainda acredito que há amores para a vida, indestrutíveis, e que só são interrompidos pela morte. Mas também acredito que há amores que só são eternos enquanto durarem. E há que aprender a viver com isso. Mesmo que achemos que isso nunca será o nosso caso.

 

 

 

20 de Junho, 2017

Negro.

Joana

Pedrogão Grande.

 

Foram as mortes de pessoas no fogo.  Foram as histórias dos que se salvaram e preferiam ter partido, porque, ao tentarem salvar a sua família, a perderam. Foi a crueldade e a incredulidade de tudo aquilo. Foram as imagens dos veículos todos batidos e encurralados, no desepero da fuga e do conduzir no breu total. Foi o grito surdo que teima em ecoar na nossa cabeça. Foi o transpor daquela realidade para uma hipotética realidade nossa e querer abraçar os nossos com mais força. Foi a imagem dos bombeiros, exaustos, a descansar num relvado mínimo, como se de corpos mortos se tratassem. Foi a emoção de um presidente que abraça, que chora, que vive, que sofre. É a chegada de constantes atualizações do número de vítimas, que cresce a cada dia. É a perceção de um jornalismo podre, que nos envergonha e que ultrapassa em muito os limites da humanidade. É a visualização mental constante do horror que se terá vivido. É o esforço para querer afastar todas as imagens da nossa cabeça. É o frio horrível que nos trespassa e que sobrecarrega o silêncio deste luto imenso e profundamente emotivo.

 

 

 

08 de Junho, 2017

Nunca a FENPROF será uma digna representante das minhas lutas.

Joana

Fosse pelo que fosse... a FENPROF desilude a cada dia, quando está disposta a prejudicar alunos na fase mais crucial do ano e uma das mais importantes da sua vida, para se fazer ouvir e querer ver as suas reivindicações satisfeitas. É como um bebé com a birra. Haja o que houver... Não é assim que se luta, minha gente. Não é assim. Passar por cima dos outros para se fazer ouvir e pisar quem está abaixo de si? Isso só tem um nome.

 

Nunca me senti dignamente representada por este "sindicato", nunca acreditei nas suas verdadeiras intenções, só vejo lobbies para onde quer que me vire e nunca perceberei as verdadeiras "lutas" que dizem ser de todos, mas são mesmo só de alguns. E mesmo destes, de muitos poucos. É só espreitar um pouco, para perceber.

 

A estes sindicatos, só me apetece dizer que ganhem juízo e se concentrem naqueles que dizem ser a sua prioridade e que, na verdade, nunca o foram ou serão. A prioridade destes grupos é claramente outra.

 

Não admira que neste país os professores não sejam respeitados. Não me admira mesmo nada.

 

 

06 de Junho, 2017

E a série do momento lá em casa é...

Joana

(rufem os tambores...)

...

...

... esta!

 

 

Genius!

Vale MUITO a pena! E estamos os dois de acordo, o que é raro! :)

 

No National Geographic Channel, a qualquer hora que a vossa box ou Fox Play vos permitir ver!

 

E vocês, estão comigo?

 

 

 

(E caramba, conseguiram um ator que é cara chapada do verdadeiro Einstein e que tem o mesmo olhar tresloucado. Até impressiona.)

 

 

 

01 de Junho, 2017

Sim, ainda o Prison Break.

Joana

Pronto, acabou.

Desiludiu por completo.

O twist final ainda foi engraçadito e tal, mas, para não variar, tinha imensas falhas.

Mas já passou.

Vou só fazer de conta que não perdi nove horas da minha vida nisto. E que desta vez, eles vão estar quietinhos.