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Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

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27 de Abril, 2018

"E para quando o bebé?"

Joana

Chegámos a uma fase da vida em que somos constantemente bombardeados com a questão dos filhos. "Para quando?" "Porque estão a demorar tanto?" "Têm algum problema?"

Não, minhas pessoas. Não.

Eu e o J. sentimo-nos desconfortáveis com esta pergunta. Para mim, particularmente, questionar qualquer casal sobre isto é quase tão íntimo como pedir pormenores da sua vida entre os lençóis. Uma coisa é fazer uma vez e pontualmente a pergunta, no sentido de curiosidade natural, outra completamente diferente é fazer a mesma pergunta sempre que nos veem. É invasivo. É mau e desconfortável. Há sempre um motivo e penso que não cabe a ninguém aventar o que se poderá passar. E se não quisermos ser pais? E se tivermos problemas de saúde? E se estamos perturbados? E se as preocupações com os nossos nos dominam? E se não for nada disto? Alguém tem o direito de se intrometer nestas questões? Não, não tem.

 

Um bebé faz parte dos nossos planos, sim. Mas não temos de o anunciar ao mundo. Nem fazemos questão, porque virá quando tiver de vir e nem para nós queremos qualquer pressão. É a nossa vida que está aqui em jogo. E neste jogo, só há mesmo dois jogadores. Era bom que as pessoas percebessem isso. Acreditamos mesmo que não fazem por mal, mas é preciso ter filtro.

 

Felizmente, não é da família, nem dos amigos mais diretos que esta questão vem. Mas, mesmo assim, incomoda e perturba. E não deveria ser um assunto, sequer.

Este constante "bombardeamento" levou-nos a, quase irracionalmente, sentirmos menos vontade de estar com certas pessoas, porque não nos apetece ter de estar a fazer sorrisos amarelos, para responder de forma mais ou menos discreta a estas perguntas, que nos deixam desconfortáveis. Sobretudo quando nasceram bebés dias antes de estarmos com as pessoas e tudo parece estar na "bolha" da maternidade.

 

Gostamos de crianças, adoramos ver os nossos amigos com bebés e sabemos que queremos ir por aí. Apenas vamos ao nosso ritmo. É tudo uma questão de respeito.

 

 

 

25 de Abril, 2018

Onde é que estavas em 1974?

Joana

Não vivi o 25 de abril e, por muito que leia, veja, ouça, ensine... pouco saberei do que era viver em repressão, num ambiente constante de medo e dúvida sobre tudo e todos. Parece distante e foi mesmo ali, há um par de anos. Tenho orgulho de pertencer a um povo que, unido como nunca penso vir a ver, juntou forças e teve o poder de derrubar uma ditadura, quase sem armas e até de uma forma quase lírica, representada por uma singela flor. É das melhores histórias da História, certamente. E, mesmo não a tendo vivido, faço parte dela. E ainda bem.

 

 

Olhemos um pouco para nós e para o que nos rodeia e percebamos que tudo o que temos a isto se deveu. Sejamos reconhecidos por quem lutou por nós e por quem nos permitiu nascer num país livre e com respeito pelo próximo. E não há nada que o possa pagar. Mesmo que, a maior parte das vezes, nos esqueçamos disso.

Obrigada, abril!

 

 

20 de Abril, 2018

Quem se identificar com isto, põe a mão no ar!

Joana

Este post é claramente para mulheres e homens. Sobretudo para as primeiras não se sentirem mal por acharem serem as únicas a ter estes "problemas" diários e para os segundos, para perceberem como isto de se ser mulher não é nada fácil (e porque são vítimas naturais e diretas das consequências destas questões diárias femininas). Está aí um fim de semana de sol, por isso vamos lá bem dispôr os meus queridos leitores. Quem se identificar - vítimas diretas e indiretas ., diga EU! :)

 

(Depois de ver o vídeo, claro!)

 

 

Bom fim de semana!

20 de Abril, 2018

Calor? Mas vocês estão bem?

Joana

Minha gente, não está calor. Está um tempo ótimo, sim senhor, muito agradável para passear e pouco agradável para estar enfiado num local fechado, sem acesso a janelas, mas não está calor. 18º não é calor em lado nenhum. É, simplesmente, bonzinho. Não deixei ainda as minhas duas camisolas, nem abandonei as minhas meias e muito menos os meus lenços e casacos (mesmo que mais leves). É certo que eu sou uma friorenta do pior, mas isso não justifica tudo. Está bom, mas não está quente. Sobretudo à sombra, que é por onde ando grande parte do dia. Por isso, não se ponham para aí a queixar da temperatura estar a ser excessiva, que já sabem que levamos logo com vento e chuva, para vermos o que é bom. Não está calor. Está bom, mas pode estar bem melhor. Não sejam exagerados. Deixem chegar aos 25-28º C e aí falamos. Até lá...chiiiiiu!

 

 

 

 

 

19 de Abril, 2018

Onde é que as pessoas normais arranjam tempo?

Joana

De certeza que há uma fonte, onde a grande maioria das pessoas que conheço vai buscar tempo. É impossível que seja de outro modo.

 

Ouço permanentemente as pessoas que me rodeiam a falar das séries da Netflix que andam a ver, dos vinte episódios de um programa que viram de enfiada, dos passeios que fizeram a aproveitar estes dias de sol e calor, das idas aos parques com as suas crianças, das tardes de compras no comércio tradicional das grandes cidades e afins e eu só penso que devo mesmo estar a fazer alguma coisa mal, porque, não tendo ainda filhos, não tenho tempo para NADA! Como é possível? Eu trabalho cerca de 12h por dia, ando sempre a correr de um lado para o outro, não faço praticamente pausas para nada, a ida a casa no intervalo de almoço serve para fazer camas, estender roupa saída da máquina para aproveitar as poucas horas de sol e algum calor, dobrar roupa que já secou, fazer telefonemas, ir pôr o lixo na reciclagem ou, na loucura, ainda passar pelo talho e pela frutaria para repor os stocks de casa, porque, saindo às 20h30, não há grandes hipóteses alternativas. O J., por seu lado, está a trabalhar de sol a sol, com formações e tudo o mais que a empresa decidiu inventar para esta fase do ano. Chego ao fim do dia exausta, sem fôlego ou coragem para nada, com um olhar de zombie e a arrastar as poucas palavras que ainda ouso pronunciar. O J. idem aspas. Enquanto isto, esta miudagem toda das redes chega-me ao fim do dia cheia de pica e na melhor das disposições para ver, de seguida, umas boas horas de filmes e séries? Como é possível? Expliquem-me, por favor. Eu devo estar a fazer alguma coisa mal, só posso.

 

 

13 de Abril, 2018

O cansaço dá-me para estas reflexões profundas.

Joana

Entendam a minha crise existencial. Há quantos anos a SIC está a comemorar 25 anos de existência? Anos? - perguntam vocês. Sim, anos, meus amigos. Parece uma pergunta parva, mas a publicidade do canal ao seu aniversário (e o logotipo!) já dura há tanto, que, de repente, imbuída deste cansaço profundo que me está a consumir o cérebro desde há uns dias, dou por mim a pensar se sou eu que estou a entrar em modo de suspensão ou se é o tempo que está a passar mesmo muito devagar.

 

Digam-me que não estou sozinha. Eu preciso de me manter sã.

 

 

05 de Abril, 2018

Obrigada, Srs. Larápios.

Joana

Não bastasse ter andado a penar de dores de um tratamento dentário a semana passada e de ter ficado doente na Páscoa ao ponto de ter de ter ficado uma noite inteira sentada no sofá, porque nem conseguia respirar a pagar por uma constipação / resfriado / princípio de gripe que veio sei lá de onde, chego junto do meu carro na terça feira, pronta para sair desta onda de doenças e pouca disposição, e vejo isto:

 

IMG_20180403_092142 (2).jpg

 

O meu coração parou.

 

Obrigada, respeitáveis ladrões. Pelo roubo, pelos riscos no carro e por todo o transtorno,que me levou às lágrimas. E obrigada por me terem deixado um macaco, provavelmente roubado de outro carro, só para me facilitar a colocação do pneu sobresselente. Pensaram em tudo. Pode ser que ainda faça negócio no OLX e ganhe algum para me financiar a compra do que virá substituir o que roubaram.

Acho que vão ficar muito mais ricos com o pneu do meu carro, embelezado por uma jante riscada, que já tem uns 15 anos de idade. Oxalá vos tenhais cortado até ao osso ao fazer este belo serviço e ninguém vos tenha dado nada em troca pelo produto roubado. E que o vosso palato fique a saber a borracha de pneu até ao final dos vossos dias. E que o vosso órgão sexual masculino tenha ficado contente com este belo ato de bravura. Devia ser mesmo mísero.

Obrigada e boa tarde.

 

 

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