Mais uma "wake up call" em forma de filme.
Dedicamo-nos ontem à tarde a este filme, que tínhamos começado a ver, sem querer, no início da tarde de sábado, quando nos preparávamos para sair. Fiquei com aquela vontade de o ver de início, porque algo me dizia que iríamos gostar. E assim foi.
O filme é de 2014, chama-se "You're not you" e a tradução para Portugal ficou-se num simples "Ponto de Viragem". De facto, o título na nossa língua é redutor, face ao original, e fica um pouco aquém da grandeza do filme e da história. Digo-vos que a história é forte e, sendo baseada em algo real e sem solução à vista, ainda se sente mais o "murro no estômago". Fala de uma das doeças do século - a Esclerose Lateral Amiotrófica - e da forma como ela, de mansinho, pode chegar e transformar completamente a nossa vida. E fala de amor, de dedicação e do valor das pequenas grandes coisas da vida.
Talvez pelo meu estado hormonal desenfreado, neste momento, chorei com este filme, embora, apesar de tudo, me tenha aguentado até a um ponto bastante avançado da história. Em nossa casa, o silêncio que o filme provocou foi mesmo impressionante. O J. fez um esforço para se conter, mas ainda ficou uns minutos sem conseguir falar, depois de terminada a história. Eu, idem. A história é muito forte e está bem contada, sem aspetos desnecessários ou elementos forçados - só lá está o essencial, que é muito. A interpretação da Hillary Swank é fenomenal, mas a Emily Rossum - de que não era grande fã - não lhe fica atrás. Sem querer - e, por vezes, mesmo contra a nossa vontade -, a história leva-nos com ela e parece que estamos lá, a viver as coisas de perto. Gostámos muito deste filme e achamos que vale muito a pena.
Se puderem, deem um bom uso às vossas boxes graváveis e procurem por este filme, que passou na SIC, no passado sábado, dia 29 de setembro. Acho que não se irão arrepender e que verão reforçada a ideia de que na vida há coisas que não importam mesmo nada, quando nos parecem essenciais, e há outras que valem tanto, sem que nos apercebamos delas ou lhes demos qualquer valor. Continuemos, pois, a aprender.