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Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

24 de Dezembro, 2018

Feliz Natal em tons de Verde Vermelho, como se quer.

Joana

Que este seja um Natal tão cheio e feliz, como sentimos que este ano o nosso vai ser. Que seja um tempo de amizade, amor, partilha e que reine sobretudo a saúde e os brindes à boa disposição. Que o que mais haja à mesa sejam famílias reunidas, sorrisos e corações bem quentinhos. E que tudo a isto se juntem uns milhares de calorias e de colesterol!

 

Um Feliz Natal a todos os que sempre me acompanharam, aos que me descobriram e até me acharam algum interesse ao ponto de seguirem o que escrevo e a todos os que fazem do Verde Vermelho o que ele é - um canto de partilha, de boa disposição e sem pretensiosismos, aberto a todas as opiniões e cheio de vontade de continuar.

 

 

 

13 de Dezembro, 2018

Gravidez e enxaquecas.

Joana

Ter enxaquecas de 72h é coisa - infelizmente - normal para mim.

Ter enxaquecas de 72h quando estou grávida, não posso tomar qualquer medicação, tenho de trabalhar horas ao computador e não consigo dormir para o lado oposto ao da dor é... um desafio, quase uma tortura.

 

Torçam por mim! (mas baixinho e sem grandes movimentações, por favor, para ver se isto passa mais depressa.)

 

 

06 de Dezembro, 2018

Pelos vistos, ajudar nem sempre compensa.

Joana

Há vários anos que colaboro com uma Associação de Proteção Animal, não como voluntária, mas como parceira, fazendo diversas doações e participando em várias atividades solidárias que vão sendo promovidas pela mesma. Tendo uma empresa, decidi também oferecer a minha ajuda a esta Associação, prontificando-me a ser um ponto de recolha de donativos que as pessoas quisessem oferecer para ajudar os animais, a divulgar as suas iniciativas e a contribuir para um envolvimento social mais profundo dos jovens nestas causas. No entanto, a Associação, apesar do ótimo trabalho que tem feito com a proteção, divulgação e adoção responsável dos animais, tem falhado bastante, ao longo destes anos, em termos de resposta às minhas solicitações, sobretudo quando lhes peço para me enviarem informações atualizadas sobre os animais em processo de adoção ou outros assuntos que tais.

 

No início desta semana, entrei de novo em contacto com eles, a parabenizá-los por uma iniciativa que tinham promovido recentemente e a alertá-los, mais uma vez, que, se precisassem da minha ajuda, me poderiam contactar. Nessa iniciativa em que participei, fiz questão de ir ter com alguns dos seus animais, apenas para lhes dar algum carinho e conforto (eu movo-me muito pela causa animal) e não fui muito bem entendida pelos humanos que estavam com eles e que quase despacharam a situação do género "se não vens adotar, deixa estar". Tanto eu, como o J., ficámos pouco impressionados pela atitude, que nos frustrou e deixou tristes. Não me consegui conter e resolvi, nesse contacto que fiz no início da semana para a Associação, alertá-los para esta situação, pois poderia vir a ser impeditiva de futuras adoções. E bastou isto. Bastou, para que recebesse uma resposta a insinuar que eu sou uma pessoa insistente, afirmando que estão cansados das minhas palavras depreciativas e dando a indireta de eu estar a ser inconveniente. Ou seja, num ápice, passei de bestial a besta. Pior foi dizerem-me que eu não compreendia o que estava a dizer, pois apenas poderia falar em justa causa, se fosse voluntária. A abordagem foi errada, infantil e até provocatória (e fazem lá eles ideia se eu faço ou não voluntariado, se ajudo mais ou menos este ou aquele - não sabem, nem saberão, pois não faço questão de divulgar os meus atos solidários). E eu não consigo manter relações de qualquer natureza deste modo.

 

Confesso que toda esta situação me perturbou bastante e, por muito que eu não seja nada vingativa e tenha presente que a prioridade serão sempre os animais, e não as pessoas, não consigo negar que a minha relação com esta Associação deverá estar mesmo a queimar os  últimos cartuchos. Não consigo ser hipócrita. Custa-me virar as costas, mas acho que, perante as evidências, é o melhor e mais correto que posso fazer. Foram extremamente injustos comigo, quando sempre fui incansável a ajudá-los, sem pedir nada em troca. O nosso Boss foi-lhes adotado e não poderíamos ter pedido melhor companheiro de vida. A nossa gratidão para com a Associação em relação à adoção do nosso peludo é imensa. Mas acho que, face às evidências, e à última atitude (que, pelos vistos, pretendeu mostrar que eu já lhes estava a ser inconveniente há demasiado tempo),  perderá força daqui para a frente.

 

Muito triste, mesmo. Apenas lamento pelos animais.

 

05 de Dezembro, 2018

Verde, Amarelo ou Vermelho: Restaurante 5 amigos - Grijó, Vila Nova de Gaia

Joana

Ontem tivemos um jantar de aniversário num restaurante para lá de conhecido em Grijó: o Restaurante 5 Amigos. Lembro-me de ter ido lá, pela primeira vez, há uns dez anos, por ocasião de um aniversário de um amigo, mas confesso que, na altura, nem retive bem as características do local, do espaço e da comida. De há uns anos para cá, e porque o J. é de lá perto, quando há alguns aniversários do lado dele da família, é frequente irmos a este restaurante, algo que, para mim, ainda não conseguiu ser, ao longo deste tempo, uma boa experiência. Ontem não foi exceção.

O Restaurante está feito para grandes jantaradas de amigos ou famílias e tem pouco de personalizado. Tem um menu vastíssimo, mas mais de metade das coisas raramente estão disponíveis. O restante é o mais básico e está sempre a sair - bifes, espetadas grelhadas, bacalhau e francesinhas. A qualidade é satisfatória e os preços são muito superiores ao que deveriam, face à ementa que está, efetivamente, disponível. Por algum motivo, este restaurante está quase sempre cheio ou próximo disso, mas é dos tais casos em que penso que se estivesse implantado noutro lugar / vila / cidade não iria aguentar muito. Por aqueles lados, e à falta de grande oferta, este e o seu concorrente "Taínha" levam a melhor. O serviço é básico e tenho desde há anos a noção de que os empregados se sentem muito superiores ao que, efetivamente, são, para além de entrarem demasiadas vezes no registo "engraçado" (acham eles) e com demasiada confiança. Apesar de ser uma pessoa sociável e de gostar da simplicidade das coisas, não aprecio este tipo de abordagem, que considero quase invasiva (mas respeito quem goste, naturalmente).

Por todos estes motivos, o Restaurante 5 Amigos, em Grijó, leva um...

 

 

E vocês, já algumas vez visitaram este restaurante? Qual é a vossa opinião?

 

04 de Dezembro, 2018

Portugal ser considerado o melhor destino turístico do mundo é mesmo uma coisa boa?

Joana

 

No passado dia 1 de dezembro, Portugal foi eleito, pelo segundo ano consecutivo, o melhor destino do mundo, no âmbito do turismo, pelos World Travel Awards - basicamente, os óscares do turismo mundial. Lisboa foi ainda considerado o melhor destino do mundo para um City Break e a Madeira como melhor destino do mundo insular. No próprio dia, percebi que nas redes a notícia foi amplamente divulgada e partilhada como um enorme motivo de orgulho luso e senti-me um pouco diferente da maioria.

 

Perante esta notícia, a minha reação foi de algum ceticismo. Talvez por viver muito perto do Porto e por me sentir cada vez mais desiludida por perceber que a minha cidade de sempre perdeu, nos últimos anos, muito do que tinha, para se "vender" a um universo estrangeiro, não recebi esta notícia com grande entusiasmo. A verdade é que - e referindo-me particularmente ao Porto - por me ter apercebido de como, nos últimos anos, a cidade tem ficado cada vez mais estrangeira e menos portuguesa, e cada vez mais turística ao invés de manter a sua essência, me tenho desiludido continuamente. Antigamente, tinha por hábito fazer passeios pontuais ao Porto e explorar os cantinhos da cidade a pé, mas fui deixando esse projeto para trás, porque as coisas mudaram muito - e para pior. Lanchar ou jantar no Porto tornou-se um luxo, os menús mudaram muito e são cada vez menos concordantes com a tradição tripeira, não há uma rua sem um hostel, cada vez há menos moradores portuenses e mais airbnb, ... Enfim, há uma massificação quase doentia do turismo e sentimo-nos todos ovelhas do mesmo rebanho a ser encaminhados para os mesmos locais de recolha e pastagem. E eu detesto sentir-me assim.

 

Se isto acontece no Porto, a minha impressão é que em Lisboa a coisa está mesmo pior. Há uns dois ou três anos fui à capital pela última vez e, apesar de genericamente ter gostado, não me identifico nada com algumas realidades. Mais uma vez, senti que a cidade tem vindo a perder a sua essência, para se "mostrar" e vender a um universo estrangeiro, que alimenta os seus bolsos - e o seu orgulho.

 

Se ganhar estes prémios, como forma de reconhecimento, é bom ou mau, não sei bem dizer. Sinto-me orgulhosa por sermos mundialmente distinguidos, mas receio que o efeito perverso da coisa se possa vir a revelar. O país de brandos costumes e à beira-mar plantado começa, agora, a ser redescoberto e a aparecer nas machetes mundiais. A tranquilidade e paz que nos caracterizam vão, progressivamente, ficando "perturbados" com estas distinções e receio mesmo que possa atrair o que não deve para o nosso canto. Fora tudo o que pode daqui advir, temos um pouco da nossa identidade a ficar lentamente para trás e a ser substituída por valores que apenas fazem brilhar os olhos dos poderosos deste país e frustram muitos dos que realmente gostam do que é seu, desde sempre.

 

Não sou uma pessoa pessimista, mas neste tema em particular tenho muitas dúvidas quanto à emoção que deve acompanhar estes prémios. Talvez um leve sorriso e alguma cautela bastem. Não sei. Oxalá esteja enganada.