Mais um murro no estômago, 2019?
Se 2019 está a ser, como imaginam, dos mais especiais da minha vida, está igualmente a ser o mais forte em emoções - incluindo muitas contraditórias. E o que pode ser mais antagónico à vida e à frescura de um nascimento do que o negrume da perda, da morte?
É incrível a quantidade de pessoas que a estúpida da Morte já me levou este ano. E todas de repente, sem que nada o fizesse prever. Foram pessoas de família e pessoas amigas. Ontem foi mais uma. Já para não falar que no último mês, três pessoas com quem lido habitualmente foram diagnosticadas com cancro. Se numa altura normal isto já seria de mexer comigo, imaginem conseguir ter que viver continuamente em dois "modos" - num feliz e de brincadeira para o nosso filho e noutro triste com tudo o resto que se está a passar à volta. Não tem sido fácil gerir as emoções, confesso. Mais agora, que vejo os meus pais e tios a envelhecer e em que vejo no meu bebé e nos restantes da família e amigos a renovação das gerações. Faz parte, bem sei. Mas, caramba, poderia ser com intervalos maiores, nem que fosse para respirarmos um pouco.