A falta de honestidade paga-se caro.
Estou há meses a tentar resolver um problema com a Iberdrola. Sim, eu, adepta de empresas nacionais, vi-me obrigada a ceder às evidências e a contratualizar o fornecimento de energia da minha própria empresa com esta entidade espanhola. Porquê? - perguntam. Bem, porque os preços eram bem mais vantajosos, particularmente para o tipo de fornecimento de que eu necessitava, e havia pouca burocracia associada. Mas a questão aqui está no "eram" e no "havia" - pretéritos imperfeitos de uma situação que, a cada dia que passa, mais imperfeita e menos clara se torna.
Sem vos maçar com pormenores, posso-vos dizer que, desde março deste ano, tenho passado horas ao telefone com os assistentes do serviço que eles dizem ser de "Apoio ao Cliente", mas que em nada ou muito pouco apoia o cliente ou quem quer que seja, no que quer que seja. Gastei litros de gasolina em deslocações, tive de alterar muitas marcações para poder provar que dizia a verdade e não estava a fornecer dados incorretos a desfavor da Iberdrola, gastei dinheiro em envios de correio registado, enfim... Foi um desgaste a vários níveis, sobretudo a nível emocional. E agora, volvidos dois meses, surge novamente uma fatura exorbitante e a treta do costume, de que se não pagar aquele valor vou ser penalizada, me vão cortar o fornecimento de energia e béu béu béu. Liguei há minutos para eles a dizer simplesmente que de mim e da minha honestidade não conseguirão nem mais um cêntimo ou segundo da minha vida.
Confesso que estou cansada e cada vez mais intolerante a tudo o que não seja justo ou correto e estou decidida a fazer uma reclamação oficial, denunciando a situação e, sobretudo, alertando quem queira ser alertado para estas falcatruas. Já fui burlada por eles (embora não o admitam) e agora vivem numa bolha de desconfiança, ao ponto de até descartarem tranquilamente as leituras de contador que são dadas pelos clientes, por considerarem que não são a seu favor, justificando com isso a emissão de faturas com valores estimados impensáveis, baseados em consumos reais que só existem na cabeça deles e dos quais fazem "bandeira".
Comigo, não.
Adeus, Iberdrola. Até nunca.