As palavras numa relação.
Entendo que a cumplicidade de um casal seja muito diferente da de outro. Entre os dois elementos gera-se, com o tempo e a partilha, uma forma natural e única de trato, que acaba por ser a marca dessa relação. No entanto, tal como para tudo o resto, também aqui tem de haver limites quanto às linguagens e às formas de lidar com as questões mais ou menos sensíveis. Talvez por uma questão de idade, me esteja a tornar mais crítica. Ou não, porque, no fundo, há coisas de que nunca gostei e de que continuo a não gostar. Hoje tomo por exemplo as palavras. Há coisas que, entendo, nunca se devem dizer ou chamar a quem se ama, por mais que tenhamos confiança com essa pessoa. Ouço muitas vezes, a palavra "estúpido/a" dita em tom de brincadeira entre um casal e detesto. Talvez haja quem goste, mas não é, certamente, o meu caso. Outras que me ofendem particularmente são "parvo/a" e a palavra "cala-te". Exemplos simples de algo que sempre fui habituada a nunca dirigir a quem amo e que, por isso, me magoariam sempre muito, mesmo se ditas em tom de brincadeira.
Talvez me achem muito sensível ou esquisita (acertaram na primeira), mas é assim que sinto as coisas, que fazer?
E vocês, têm alguma palavra que não tolerem nas vossas relações?