Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

27 de Abril, 2018

"E para quando o bebé?"

Joana

Chegámos a uma fase da vida em que somos constantemente bombardeados com a questão dos filhos. "Para quando?" "Porque estão a demorar tanto?" "Têm algum problema?"

Não, minhas pessoas. Não.

Eu e o J. sentimo-nos desconfortáveis com esta pergunta. Para mim, particularmente, questionar qualquer casal sobre isto é quase tão íntimo como pedir pormenores da sua vida entre os lençóis. Uma coisa é fazer uma vez e pontualmente a pergunta, no sentido de curiosidade natural, outra completamente diferente é fazer a mesma pergunta sempre que nos veem. É invasivo. É mau e desconfortável. Há sempre um motivo e penso que não cabe a ninguém aventar o que se poderá passar. E se não quisermos ser pais? E se tivermos problemas de saúde? E se estamos perturbados? E se as preocupações com os nossos nos dominam? E se não for nada disto? Alguém tem o direito de se intrometer nestas questões? Não, não tem.

 

Um bebé faz parte dos nossos planos, sim. Mas não temos de o anunciar ao mundo. Nem fazemos questão, porque virá quando tiver de vir e nem para nós queremos qualquer pressão. É a nossa vida que está aqui em jogo. E neste jogo, só há mesmo dois jogadores. Era bom que as pessoas percebessem isso. Acreditamos mesmo que não fazem por mal, mas é preciso ter filtro.

 

Felizmente, não é da família, nem dos amigos mais diretos que esta questão vem. Mas, mesmo assim, incomoda e perturba. E não deveria ser um assunto, sequer.

Este constante "bombardeamento" levou-nos a, quase irracionalmente, sentirmos menos vontade de estar com certas pessoas, porque não nos apetece ter de estar a fazer sorrisos amarelos, para responder de forma mais ou menos discreta a estas perguntas, que nos deixam desconfortáveis. Sobretudo quando nasceram bebés dias antes de estarmos com as pessoas e tudo parece estar na "bolha" da maternidade.

 

Gostamos de crianças, adoramos ver os nossos amigos com bebés e sabemos que queremos ir por aí. Apenas vamos ao nosso ritmo. É tudo uma questão de respeito.

 

 

 

2 comentários

Comentar post