Em dia de jogo, olhemos apenas um pouco para a política. Não demora nada.
Esta semana, o secretário de Estado do Ambiente do nosso belo país, Carlos Martins, foi descoberto. Aparentemente, estava a receber um subsídio de alojamento indevido de cerca de 360 euros líquidos, tendo, para isso, declarado que a sua residência fiscal e permanente se localizava em Tavira, quando o excelentíssimo senhor reside em Cascais. Foi descoberto, prescindiu do subsídio e ainda declara tratar-se de uma "enorme injustiça".
A propósito, ficam a saber que cada ministro e secretário de Estado que não reside em Lisboa, recebe, por regra, 25,10 Euros por dia para despesas de alojamento. Isto perfaz um valor mensal de 778,10 Euros. Assim dita a lei (dos ricos, claro).
Se não estivéssemos no Euro, isto era notícia de destaque e alvo de comentários e revoltas por vários dias e, quem sabe, transformar-se-ia apenas na primeira peça de um dominó que iria, mais cedo ou mais tarde, cair. Como estamos no Euro e tomados por uma cegueira futebolística, isto é apenas uma notícia de fundo, que passa despercebida a quase todos. Enfim.