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Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

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04 de Maio, 2011

Esta coisa da felicidade.

Joana


Costumo consultar com alguma frequência um blogue onde não há um dia em que não se fale de como o amor de quem escreve por quem é alvo da sua escrita é pleno e inquestionável, de como tudo é perfeito e se conjuga sem desalinhos. Por muito que goste de ler aquelas linhas e perceber essa felicidade distante, transposta nas palavras do/da autor(a), não acredito, na minha realidade, nessa perfeição plena que é definida por felicidade. Primeiro, porque a plenitude de um sentimento não se alcança assim, de repente. Depois, porque essa coisa da felicidade é a mais imprecisa palavra que conheço para definir. E valerá a pena defini-la? Penso que não. A felicidade vive-se, num momento, naquele preciso momento. Pode ser um pequeno sorriso, uma grande vitória profissional, um carinho, uma tentação cheia de açúcar, um abraço, um beijo, um amigo, um carro novo, um desejo concretizado, uma vitória sobre uma doença, uma viagem, uma aventura, um reencontro, uma surpresa, um silêncio, um piscar de olhos, um nada. A felicidade é tudo num dado instante, mas torna-se num nada se não for alimentada. A felicidade varia em função do cenário, das pessoas, dos momentos. Ser-se feliz é muito diferente de se estar feliz. 
Eu não sei definir o que é a felicidade. Não sei se é contínua ou intermitente, se ainda faz parte de mim no seu todo ou se me visita apenas de quando em vez. Mas sei que me sinto uma pessoa feliz. Talvez não de forma plena, mas numa perspetiva de "em construção". Todos os dias faço por ver as coisas no seu melhor, mesmo sabendo que pouco se presta a tal. Se todos os dias conseguir arrecadar mais um (que seja) momento de felicidade, pelo menos é menor o espaço que fica livre para a tristeza.

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