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Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

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20 de Novembro, 2014

Eu não como espinafres para o coração, ok?

Joana
(Ninguém tem paciência para vir para a net ler neuras, mas hoje preciso de desabafar, estão a ser uns dias bastante complicados. Se quiserem avançar esta publicação, eu desculpo-vos.)

As pessoas felizes e aparentemente fortes sofrem de um mal comum: todas as outras pessoas acham que elas não sofrem, que têm sempre a capacidade de "dar a volta" e que apenas têm força dentro de si. Guess what? Isso não é verdade.

O facto de eu ver tendencialmente as coisas pelo lado mais brilhante, de ver todas as metades de água no copo como coisas boas e de adormecer quase todos os dias a pensar que o dia menos bom podia ter sido bem pior, faz com que as pessoas à minha volta considerem que eu sou assim as 24h do meu dia. Pois, mas não sou. Eu também desmotivo e eu também me canso.

Neste momento, estou bastante cansada da minha vida nos moldes em que ela está. Quero sonhar, mas não tenho muita margem para isso. Quero entusiasmar-me com projetos - sejam eles mínimos ou máximos - e logo alguém me desfaz a nuvem na minha cabeça. Quero acreditar que tudo vai mudar, mas no final inevitavelmente não muda. Quero "abanar" o mundo das minhas pessoas e fazê-las concentrarem-se unicamente naquilo que as faz feliz e não consigo. Enfim, sinto-me muitas vezes num papel de cheerleader, que apoia e motiva os outros, mas que, por dentro se sente sozinha e desmotivada e volta a casa esgotada e cabisbaixa.

O mal disto tudo é que poucas pessoas veem isso e poucas pessoas perdem um bocadinho de tempo a tentar perceber - e, quem sabe, a tentar ajudar. Eu não estou sempre feliz, sempre motivada e sempre otimista. Eu sou assim por natureza, mas "ser" é diferente de "estar". Que motivações, sonhos, projetos posso eu ter e fazer com a minha vida, se tantas vezes me sinto a única a pensar neles e a construi-los dentro da minha cabeça? Que alegria posso ter se ninguém me incute isso e conta que eu o faça porque tenho muitas "ideias", "imaginação" e "iniciativa"? Que caminhada é esta, na qual só eu pareço estar bem e certas partes da minha vida me parecem mesmo todas mal (partes que não dependem de mim)?

Chego a um ponto em que me questiono sinceramente se não estou, com a idade e o tempo, a ganhar uma certa aversão às coisas. Posso dizer que, neste momento, não tenho paciência para as coisas de sempre - para a rotina, para as mentes limitadas, para as pessoas mal educadas, para alguns tipos de trabalho, para certas pessoas (há, cada vez mais, pessoas que eu não tolero) e para porcarias de nada que tiram as forças e roubam o muito pouco tempo que tenho para mim e para aquilo que quero da minha vida. Acho que me fartei de esperar e, sobretudo, me fartei de tolerar.

Sonho em ter uma realização pessoal e profissional que me permita viver sem cordas ao pescoço e, sobretudo, que me permita sonhar. Viajar é a coisa de que mais sinto falta. Ir só porque sim. Para fora, tinha de ser para fora, por vários motivos. Sinto mesmo a necessidade de sair daqui, da rotina, do negativismo, do pensamento pesado. Sinto vontade de cortar a corda e ir, porque sei que, para ser realmente feliz tenho de estar rodeada de tudo e todos que me fazem felizes. E só desses, mesmo.


Se eu não mudar alguma coisa a bem, a vida mudá-la-á a bem ou a mal por mim - conheço-me a mim e a ela e sei como isto costuma funcionar para os meus lados. Eu mereço e lutarei sempre por ser feliz. Não sou sempre forte, nem tão pouco tão positiva como todos me acham ser, mas acho que sei levar e usufruir bem da minha vida e de tudo o que ela me dá. Estou cansada de muita coisa e quero definitivamente "limpar" isso da minha frente. Perante os meus olhos só quero um céu azul e um caminho livre para percorrer com as minhas pessoas, nada mais.

Sou muito grata todos os dias por estar cá e acredito sempre que a vida me dará mesmo o retorno que eu mereço e pelo qual tanto me entrego. Pode tardar, mas chegará. Se outros não me quiserem acompanhar, irei sozinha. Mas eu vou ser feliz. Ó se vou.




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