O Agir. Diz que é um artista. Diz que conseguiu trilhar um caminho próprio, com valor. Diz que ser filho da atriz Helena Isabel e do cantor Paulo de Carvalho não influenciou nada o seu sucesso. Diz que estar todo tatuado, furado e outras cenas que tais o torna mais cool. Diz que canta. Diz que canta bem. Diz que canta bem músicas com letras e ritmos porreiros. Pronto. 

O que eu digo: não sei explicar a que ponto da música chegamos, em que um rapaz destes, sem voz nenhuma, com letras péssimas (não há UMA que se aproveite...) e com uma música que se chama "Ela parte-me o pescoço" consegue algum tipo de sucesso. Não sei quantos anos perdi pelo meio, mas alguma coisa na música se passou, que me ultrapassou. Este rapaz é a prova viva disso; e pior que tudo é que se trata de alguém respeitado e tido como um dos grandes nomes da música nacional, atualmente. Muito mau. A imagem dele é o menos para mim e guardo a opinião sobre esse ponto para mim mesma - é que pode haver aí pessoal tão mal disposto como eu hoje. Acho é que, sumariamente, batemos mesmo no fundo, com este "fenómeno". Muito mau.

Agir... OUT!