Inquéritos para teses e estágios.
Não raras vezes, talvez por ter uma empresa, recebo inquéritos de estudantes e profissionais, que estão a desenvolver relatórios de estágio e teses de mestrado para os quais solicitam o seu preenchimento. Estes questionários irão, previsivelmente, fundamentar os documentos que estão a redigir, pelo que os considero importantes. Eu, como boa samaritana que sou, e como imagino sempre que, se estivesse do lado de lá, gostaria que não rejeitassem o meu pedido, costumo abrir os inquéritos e começar a dar-lhes resposta. Inevitavelmente, nos últimos a que tenho dado uma hipótese, paro a meio e inicio o "abortar missão". Porquê? Porque me pedem, a páginas tantas, que lhes indique qual é o volume de faturação da minha empresa e/ou quais são as minhas expectativas em relação a ganhos futuros. Isto deixa-me nas horas. Se há coisa que não partilho são esse tipo de dados (e outros 90 e tal por cento, de âmbito pessoal ou particular). Acho uma ousadia questionarem estes dados, mas acho ainda mais grave alguém que seja micro empresário, como eu, explanar dessa forma - por mais que falem da privacidade e anonimato dos dados e bla bla bla - a saúde da sua empresa. Custa-me mesmo "digerir" estas coisas. Não admira que eu não contribua de forma muito relevante para estes inquéritos, mas vale-me a satisfação de perceber que tal se deve ao teor dos mesmos, e não a mim. Pelo menos, adormeço de consciência mais tranquila.
A sério que gostaria de ajudar, mas assim não dá.