Não quero polémicas, que isto é um espaço de saudável tertúlia. De acordo?
Eu tenho muita dificuldade em acreditar em certas coisas que certos (não estou a generalizar, atenção!) psicólogos dizem. Regra geral, e talvez por ser muito objetiva, consigo analisar comportamentos dos meus alunos de forma clara e torço bastante o nariz a diagnósticos imediatos destes profissionais que - confesso - me custam, muitas vezes, a aceitar. Não porque não perceba do assunto (não sei se sim, ou se não, sou sincera...), mas porque francamente me parecem muito desfasados da realidade. Chego à conclusão que, muitas vezes, as cabeças de pais e alunos são levados a aceitar algumas verdades, sem que estes questionem o que lhes é dito. Por muito que haja bons psicólogos e profissionais com excelentes capacidades de análise, que fazem um uso extensivo dos instrumentos de que dispõem - e há-os de facto -, existe também, e mais do que nunca, um moda associada a esta profissão. Parece-me que, neste momento, as pessoas perderam o interesse e curiosidade em questionar o que lhes é dito e aceitam cegamente os diagnósticos que neste âmbito, como em qualquer outro, podem ser precipitados, errados e, sobretudo, sugestionados. Dito isto, e porque não posso partilhar uma experiência profissional que exemplificaria na perfeição esta minha tese, deixo apenas a minha impressão atual. Cada vez mais, sinto que o facto de antes não haver o que hoje há em termos de doenças diagnosticadas destes foros pouco tem a ver com o desconhecimento de então, mas mais com excesso de informação em que hoje se vive. E, como em tudo na vida, o que é demais é erro. Aqui não é exceção. Houvesse mais tempo, calma, disponibilidade, atenção e, sobretudo, sensatez, e tudo seria mais objetivo e fácil de gerir, tratar ou ajustar.