Esta coisa do Paco Bandeira faz-me espécie. O homem é todo sorrisinhos, piadolas e simpatias para lá e para cá à entrada do tribunal. Põe-se a jeito para tirar fotografias, sempre a sorrir sem parar e chega a aparecer na sala do tribunal, a meio de uma espécie de divisória entre os réus e as testemunhas, a faser pose. O julgamento decorre. À saída, já se transformou. A mutação resulta num indivíduo totalmente mudo, de cara fechada e com aspeto de que mais cedo ou mais tarde irá explodir e dar cabo de umas quantas câmaras, e numa atitude quase violenta afasta os jornalistas, diz-lhes que se deviam dedicar a trabalhos verdadeiramente relevantes e deixar-se de foleiradas.
Vejam lá isto, se tiverem um tempinho. Acho que o circo vale a pena. O senhor denunciou logo assim, sem precisar de fazer grande coisa, que a sua personalidade não é tão sorrisinhos e "tenho uma vida que é de fazer inveja a qualquer um" como se pensa. Mas eu até acabo por concordar com o Sr. Paquito. Todo ele e o espetáculo que ele - e só ele - proporcionou é foleiro à brava. Nisso, ele foi um excelente companheiro de equipa dos jornalistas.