Onde é que estavas em 1974?
Não vivi o 25 de abril e, por muito que leia, veja, ouça, ensine... pouco saberei do que era viver em repressão, num ambiente constante de medo e dúvida sobre tudo e todos. Parece distante e foi mesmo ali, há um par de anos. Tenho orgulho de pertencer a um povo que, unido como nunca penso vir a ver, juntou forças e teve o poder de derrubar uma ditadura, quase sem armas e até de uma forma quase lírica, representada por uma singela flor. É das melhores histórias da História, certamente. E, mesmo não a tendo vivido, faço parte dela. E ainda bem.
Olhemos um pouco para nós e para o que nos rodeia e percebamos que tudo o que temos a isto se deveu. Sejamos reconhecidos por quem lutou por nós e por quem nos permitiu nascer num país livre e com respeito pelo próximo. E não há nada que o possa pagar. Mesmo que, a maior parte das vezes, nos esqueçamos disso.
Obrigada, abril!