Sou uma multifacetada. Perdão, sou uma "multitasker" (Para parecer mais fina.).
Ontem, ao final do dia, estava estourada. Mal conseguia pensar ou falar, de tão exausta que estava. Dei por mim a refletir sobre o meu dia e cheguei à conclusão que, durante 14h fiz - como faço praticamente todos os dias - milhentas coisas ao mesmo tempo e desempenhei vários papéis. Sinceramente, às vezes, até me questiono como consigo fazer tanto. Não admira que o meu cérebro fique esgotado ao fim de tantas horas ativas, sem pausa. É a gestão da empresa, é a preparação das aulas, é a preparação de projetos de formação, é pensar em procurar vias complementares de trabalho docente, é candidatar-se, é fazer as compras para a casa, é gerir os compromissos da família, é preparar os jantares e almoços para levar, é tratar dos problemas da casa, é falar com condomínios, é tudo isto e mais ainda... e, no final, ter um sorriso na cara e uma capacidade de estar bem com quem nos ama e só pode estar connosco ao fim do dia, acrescida de um super poder extra de ouvinte e conselheira, para poder orientar quem mais precisa de nós. Sim, ser mulher não é fácil. Neste aspeto, os homens têm de dar a "mão à palmatória" - por muito que trabalhem, nunca terão estas responsabilidades todas às costas. Não é nada fácil, garanto, mas ver tudo a andar também dá um prazer dos diabos (o que não serve de desculpa para não poderem fazer mais, rapazes!). Tudo o resto sofre um pouco (a minha rezinguice ganha proporções extremas, ao final do dia, por exemplo), mas são os custos de se viver com uma multifaceta... perdão, uma multitasker.