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Verde Vermelho

Podia ser um blog sobre Portugal. Podia ser um blog sobre mim. Podia ser um blog sobre coisas boas e más. Podia ser um blog humorístico. Podia ser um blog a tentar ser humorístico. Podia ser um blog sobre qualquer coisa. Pois podia.

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08 de Março, 2018

Vocês não gostam do inverno. A sério que não. Vão por mim.

Joana

Eu fui talhada para o calor [podia ser para o amor, mas é o que está a sair hoje] e dou-me mal com o frio. Aliás, eu detesto o frio, ponto. As temperaturas baixas mexem comigo, toldam-me o raciocínio, limitam-me a minha capacidade de trabalhar, para além de me darem um desconforto tal, que não consigo estar muito tempo parada no mesmo sítio. Tendo em conta que tenho uma empresa a meu cargo, que me exige estar sentada longas horas por dia em frente a um computador, a livros, arquivos e o que mais houver, sou geralmente atacada pelo frio de uma forma quase natural, mesmo estando coberta com sete camadas de roupa e tendo um aquecedor a um metro de mim. É quase como se ele procurasse por mim e não desistisse enquanto não me encontrasse.

 

Para o J., a coisa chega a ser cómica. Nos dias de maior frio, quando chego a casa, ponho tanta camada de roupa, que pareço ter outra Joana gémea colada a mim. As minhas formas desaparecem e dão lugar a um retângulo andante de roupa. Só não ponho um gorro em casa, porque já me parece excessivo. E acreditem que a nossa casa nem é fria. Já ele, muda a roupa, veste uma camisola de pijama e um casaquito e está tudo bem. As minhas mãos estão sempre geladas (ao estilo da Elsa, do Frozen), as dele andam entre o morno e o quente. Eu perco metade da minha pesonalidade com temperaturas abaixo de 15º, ele desespera com temperaturas um pouco acima disso. Mas pronto, entendemo-nos. Com um nível inferior de sensualidade da minha parte, mas ainda assim.

 

É impensável para mim passar um inverno sem lençóis térmicos ou sair de casa sem gorros, cachecóis, luvas ou dois pares de meias, mesmo neste país de clima temperado. E mesmo assim, estou sempre com os pés e as mãos geladas, o que confirma a minha tese de ter, no meu ADN, qualquer coisa de peixe. E não me venham com a treta de que me falta comer alimentos nutritivos, porque a altura do dia em que tenho mais frio é sempre depois de terminar o almoço. Ou seja, não há cá teorias que expliquem isto. Sou friorenta - muito! - e tenho de aprender a viver com isso. E com o facto de viver num país que tem temperaturas amenas e, eu mesmo assim, achar excessivamente baixas para os meus níveis de tolerância.

 

Dito isto, no meu ideal de férias NUNCA, em tempo algum, coube aquela imagem idílica de um chalé no meio de uma serra coberta de neve e canecas de chocolate quente entre as mãos. Aliás, acho uma piada ao contrasenso da coisa. As pessoas, às vezes, dizem que adoram o inverno quando estão quentinhas, no sofá, com uma manta, em frente a uma lareira, a beber um chá e a comer umas bolachinhas acabadas de sair do forno, enquanto veem chover lá fora. Portanto, o que as pessoas gostam no inverno é do... calor? Parece que sim. Por isso, minha gente, não seria melhor dizermos todos que gostamos do mesmo e evitamos, assim, discussões sobre o sexo dos anjos? Porque ninguém gosta de frio, mas do calor depois do frio. E, sim, aí estamos de acordo: quem me tira a minha amada mantinha elétrica da cama (a la velhinha) no inverno, tira-me anos de vida. Lá está, o calor depois do frio. Faço-me entender?

 

Vamos então mas é esperar que as temperaturas ultrapassem a barreira psicológica dos 20º dentro em breve (embora, para mim, possa ser acima dos 25º, à vontadinha). Eu já não aguento mais um mês deste frio, a sério que não.

 

 

 

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